O Vila Galé anunciou que devido ao surto de Covid-19 vai manter em funcionamento apenas sete hotéis em diferentes regiões de Portugal e para garantir alojamento em casos de “necessidades imperiosas”, estando excluídas estadias de lazer. O hotel de Braga ficará encerrado.
Num comunicado publicado na sua página eletrónica, o grupo comunica o encerramento da “maioria dos hotéis em Portugal” devido à situação de pandemia – numa decisão para já em vigor até 09 de abril –, mas informa que, por uma questão de “apoio social”, irá “manter em funcionamento sete hotéis dispersos pelas diferentes regiões do país para garantir a necessária cobertura nacional”.
“Constatámos nos últimos dias que continua a existir um conjunto de profissionais no nosso país com necessidades de alojamento, sejam eles profissionais de empresas que não podem suspender os seus serviços para garantir os serviços mínimos necessários, ou clientes em trânsito que não conseguem voos de regresso”, refere.
Para atender a estes casos, manter-se-ão assim em funcionamento, e com “um preço especial”, as unidades Vila Galé Porto, Coimbra, Cascais, Ópera (Lisboa), Évora, Ampalius (Vilamoura) e Cerro Alagoa (Albufeira).
“Alertamos os nossos clientes que o objetivo será apenas garantir o alojamento daqueles que por necessidades imperiosas não podem deixar de o fazer, não se destinando nesta fase a estadias de lazer”, sublinha o Vila Galé, acrescentando que “estas condições são igualmente aplicáveis aos clientes já alojados que necessitem de estender a sua estadia”.
Paralelamente, o grupo afirma-se disponível para “celebrar protocolos e parcerias com entidades de saúde para suprir e ajudar em caso de necessidade”.
Segundo refere, nas unidades que se mantêm em funcionamento estão implementadas medidas de prevenção e de reforço da higiene nos hotéis, de acordo com as diretivas da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Governo português, nomeadamente a suspensão do funcionamento dos bares e restaurantes; a disponibilização de pequeno-almoço e jantar nos quartos e suspensão do funcionamento de ‘spas’, saunas banhos turcos, ‘jacuzzis’, piscinas e serviços de massagens.
O grupo hoteleiro informa ainda ter flexibilizado as políticas de cancelamento ou adiamento de reservas motivados pelo novo coronavírus, sendo possível fazê-lo “sem qualquer custo” e, nos casos de reservas pré-pagas, ficando o respetivo valor “em depósito para poder ser usado em data posterior”.
“Prevemos que estas medidas estejam em vigor até 09 de abril de 2020, sendo sujeitas a uma avaliação diária e sujeitas a alterações em função do evoluir das situações”, acrescenta.
Já os hotéis do Vila Galé no Brasil mantêm-se em atividade sob “medidas adicionais de prevenção”, praticando o grupo naquele mercado “uma política excecional de cancelamento” que prevê que” qualquer reserva poderá ser cancelada sem qualquer custo até 48 horas antes da estada” e, nos casos de reservas pré-pagas, o depósito do valor para uso em data posterior.
O grupo Vila Galé é atualmente responsável pela gestão de 36 unidades hoteleiras: 27 em Portugal (Algarve, Beja, Évora, Elvas, Alter do Chão, Oeiras, Cascais, Sintra, Ericeira, Estoril, Lisboa, Coimbra, Serra da Estrela, Porto, Braga, Douro e Madeira) e nove no Brasil (Rio de Janeiro, Fortaleza, Caucaia, Salvador, Guarajuba, Pernambuco, Touros e Angra dos Reis), com um total de 7.454 quartos e 15.286 camas, segundo a informação disponível na sua página na internet.
Segundo a mesma fonte, tem cerca de 3.200 funcionários.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 250 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 10.400 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 89.000 recuperaram da doença.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de vítimas mortais do Covid-19 para seis e o número de casos confirmados 1.020, mais 235 do que na quinta-feira.