O Município de Vieira do Minho quer fixar população e atrair mais turistas ao concelho, segundo revelou a vereadora Ana Ribeiro, defendendo uma lógica de atuação integrada e sobre a anunciada transferência de competências governamentais para as autarquias locais.
No caso de Vieira, “faz todo o sentido na área da gestão, do ordenamento e do planeamento do território, que existisse uma maior capacidade de decisão, por parte dos autarcas, pois estão mais próximos das populações, travando-se a desertificação e conseguindo mais coesão”.
Ana Ribeiro, que tutela os pelouros do Ambiente e Cultura, Defesa e Proteção da Floresta, na Câmara de Vieira do Minho, que discursava na cerimónia de assinatura do protocolo de cooperação técnica para a fiscalização da Albufeira da Caniçada, na presença do ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, pugnou, ainda, “valorizar e proteger os nossos territórios e criando condições para se fixar a população”.
Segundo a vereadora, “é unânime que as nossas serras, a da Cabreira e a do Gerês, tal como as nossas albufeiras, aliadas à nossa gastronomia e hospitalidade, fazem destes territórios locais de elevada atração turística”, pelo que Vieira do Minho “foi entre os anos de 2020 e de 2021 um dos concelhos do distrito de Braga com maior crescimento e procura, assistindo nos últimos anos a um crescimento exponencial as suas unidades de turismo, alojamento e restauração, em que a pureza da água é um elemento essencial para a nossa qualidade de vida, com destaque para a Serra da Cabreira e as quatro albufeiras”.
Ana Ribeiro, enaltecendo assim “as várias linhas de água que proporcionam um conjunto de praias fluviais e outras zonas de lazer de uma beleza ímpar”, não deixaria, no entanto, de chamar a atenção para o facto de nos dez últimos anos, o concelho de Vieira do Minho, “um pouco à semelhança do que acontece em todo o território nacional, ter perdido cerca de mil habitantes”, pelo que “urge assumir assim uma estratégia concertada a nível local, regional e nacional, que trave tal tendência e crie condições para fixar a nossa população”.
Ainda segundo a vereadora vieirense, “é fundamental criar condições para que os nossos munícipes possam edificar as suas habitações, nestes territórios marcadamente rurais”, pois “não devemos esquecer que antes da implantação destas estruturas, importantes para a produção de energia elétrica, já existiam nestes territórios aglomerados populacionais e as nossas populações não podem ser mais prejudicadas por estas mesmas infraestruturas”.
Ana Ribeiro recordou ser o concelho de Vieira do Minho “um território de baixa densidade e com uma matriz predominantemente rural, onde as atividades agrícolas e agroflorestais desempenham função relevante na ocupação do solo, distribuindo-se por uma área de 216 quilómetros quadrados e dividida por um total de 16 freguesias”, referiu.