Vieira do Minho: Presidente de junta demite-se após “boatos” sobre pagamentos

Caminho aberto para eleições intercalares

A União das Freguesias de Caniçada e Soengas, em Vieira do Minho, vai ter eleições intercalares, na sequência da demissão da Junta e da Assembleia, disse esta segunda-feira à Lusa o autarca local.

Segundo o presidente da União de Freguesias de Caniçada e Soengas, João Rocha, as demissões foram formalizadas no sábado, durante uma sessão da Assembleia de Freguesia.

“Os elementos da Junta demitiram-se face aos boatos e comentários que circulam nas duas freguesias e que atentam contra a dignidade, honra e bom nome do executivo”, disse.

Atribuindo-os a alguns elementos da Assembleia de Freguesia que querem “chegar ao poder a todo a custo”, João Rocha disse que os boatos e comentários, além de teor político, também contêm “acusações pessoais”, tentando “envolver” as famílias dos membros do executivo.

Na última semana, a Junta tinha anunciado que iria pedir a demissão na sessão de sábado da Assembleia de Freguesia.

“Na abertura dessa sessão, foram os membros da Assembleia que se anteciparam e pediram a demissão, quase todos invocando razões pessoais”, referiu João Rocha.

Seguiu-se o pedido de demissão dos membros da Junta, estando assim aberto o caminho para eleições intercalares.

Nas Autárquicas de 2017, apenas concorreu uma lista, independente, à União das Freguesias de Caniçada e Soengas.

João Rocha explicou que algumas questões levantadas pelos membros da Assembleia de Freguesia se prendiam com um cheque de 2.000 euros e um donativo de 6.000 euros de um particular para fazer um caminho.

“Expliquei que os 2.000 euros eram respeitantes ao valor que eu mesmo adiantei do meu bolso para pagar a um empreiteiro e que o donativo de 6.000 euros foi para pagar ao meu tesoureiro o paralelo que a sua empresa forneceu para o caminho. Eles alegavam sempre que eu é que fiquei com o donativo. Dei todas as explicações, mas, mesmo assim, os boatos continuam. Com a agravante de entretanto terem também entrado na vida pessoal e familiar dos membros do executivo”, acrescentou.

A Lusa tentou ouvir o presidente da Assembleia de Freguesia, Jorge Pereira, mas sem sucesso.

 
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