O Município de Vieira do Minho espera que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) não deixe de fora os apoios que necessita para investimentos prioritários no concelho.
Em declarações a O MINHO, o seu presidente, António Cardoso revelou que nenhum dos três projetos apresentados ao PRR foi aprovado: “Candidatamos a construção de duas creches e de duas áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP), mas todas elas foram chumbadas”, lamentou.
As Áreas Integradas de Gestão da Paisagem visam criar uma resposta estrutural na prevenção e combate de fogos rurais, capaz de proteger os territórios de incêndios graves num contexto de alterações climáticas, e com impacto duradouro ao nível da resiliência, sustentabilidade e coesão territorial.
António Cardoso diz que o Governo pouco ou nada investe no Município, tese que exemplifica com duas obras em curso e que, são maioritariamente, pagas pelos cofres camarários: “Na fase II da requalificação da Escola Básica e Secundária Vieira de Araújo, a Câmara investe 1,2 milhões de euros e o Ministério da Educação apenas 245 mil. Já na requalificação do Centro de Saúde da vila, a autarquia está a investir 600 mil euros, enquanto o Ministério da Saúde não mete nem um cêntimo”.
O autarca quer, também, que o Estado envie as verbas necessárias para os setores da saúde e dos apoios sociais, recentemente descentralizados: “Ficamos com as competências, mas o dinheiro não chega”.
Sobre os pedidos que fez ao Governo, cujo Conselho de Ministros se reúne em Braga, em 03 de maio, António Cardoso aponta as necessidades de obras no setor viário: “Os outros têm boas autoestradas, nós só queremos a requalificação da Estrada Nacional 103, entre a Póvoa de Lanhoso e o limite do concelho, e a construção da Via do Ave, que ligue Vieira ao AvePark em Guimarães, com passagem pela Póvoa de Lanhoso”.