Vieira da Silva critica Montenegro durante comício do PS em Braga

Legislativas 2025

O ex-ministro Vieira da Silva defendeu hoje que quem quer afastar da discussão “a imoralidade e conflito” do primeiro-ministro sobre a empresa é porque o “quer proteger”, acusando a AD de ser “como o escorpião” nas pensões.

José António Vieira da Silva discursou ao final desta tarde no comício que encheu o Theatro Circo, em Braga, numa intervenção onde deixou várias críticas a Luís Montenegro sobre a questão da sua empresa familiar, bem como vários alertas quanto à Segurança Social e a AD e os riscos da extrema-direita.

O antigo ministro trouxe uma pergunta que sabe que “muitos não gostam que seja feita”, mas que o deve ser todos os dias.

“Pode um primeiro-ministro em exercício de um dos cargos mais importantes da nossa democracia acumular com essa função uma espécie de empresa privada e familiar, que funciona na sua casa, com o seu telefone. Pode?”, perguntou, ouvindo, mais do que uma vez um “não” em uníssono da plateia.

Para Vieira da Silva “não pode haver este conflito, essa confusão” e não pode haver alguém como Luís Montenegro que, “tendo cometido essa imoralidade”, nunca tenha tido “a coragem de dizer a verdade”.

“Quem diz ‘afastemos esse tema’ é porque quer proteger Luís Montenegro, é quem quer proteger essa imoralidade”, condenou.

Sobre as pensões e o sistema da Segurança Social, o antigo responsável por esta tutela fez um percurso histórico sobre a posição da AD em relação a este tema.

“Para se reconciliarem com os pensionistas é preciso muito mais do que esses apoios do mês de setembro. Era preciso provarem que já não são os mesmos, mas são”, criticou, comparando a AD ao escorpião na fábula com o sapo.

 
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