O presidente da Câmara de Viana do Castelo disse hoje que, em três anos, foram registados 1.900 processos de reabilitação urbana e que, “só em 2017, o investimento privado atingiu quase 20 milhões de euros”.
José Maria Costa, que falava aos jornalistas à margem da conferência sobre “Reabilitação Urbana em Viana do Castelo – Investimentos e Instrumentos de Financiamento”, adiantou que apesar do trabalho feito desde 2013, o concelho “precisa, nos próximos anos, de mais entre 200 a 300 novos fogos de habitação e mais duas a três unidades hoteleiras, de quatro estrelas, para fazer face às necessidades do concelho face aos eventos que acolhe”.
Como exemplos da “grande necessidade” de alojamento no concelho apontou os “cerca de seis congressos nacionais e internacionais” que estão previstos para a capital do Alto Minho”.
“Vamos ter um grande encontro da OCDE que se vai realizar em Portugal, nas cidades do Porto e Viana do Castelo. No final deste ano, vamos ter um grande evento ligado à União Europeia ligada à estratégia marítima atlântica e o que nós sentimos é uma grande dificuldade de alojamento para podermos acolher iniciativas desta dimensão”, referiu.
José Maria Costa destacou que, “entre 2014 e 2017, os investimentos em reabilitação urbana ascenderam a 60 milhões de euros”, frisando que “nos últimos três anos, o investimento privado rondou os 40 milhões de euros e que, em curso até 2020, o município tem cerca de 20 milhões de euros de investimentos”.
“Só em 2017, o investimento privado atingiu quase 20 milhões de euros, mais do dobro que em 2016”, referiu.
A reunião de hoje, relatou, “serve para dar conta do balanço muito positivo da recetividade manifestada pelos investidores nos últimos anos e para dar conhecer os instrumentos, quer sejam fiscais quer sejam financeiros de apoio a possíveis investimentos em Viana do Castelo, mobilizando-os para que façam a sua parte, investindo em Viana do Castelo”.
A câmara municipal “está a investir, até 2020, no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), 20 milhões de euros em 30 diferentes projetos, cuja intervenção será focada nas sete Áreas de Reabilitação Urbana (ARU).
Em 2013 foi criada a primeira ARU para o Centro Histórico, abrangendo o núcleo medieval da cidade. Existem ainda as ARU da Cidade Poente, ARU de Darque e ARU da Frente Ribeirinha de Viana do Castelo, constituídas em 2015. Em 2017 foram criadas mais três áreas, a ARU da Cidade Norte, envolvendo freguesias de Santa Maria Maior e Meadela, a ARU Frente Atlântica, nas freguesias de Areosa e Monserrate, e a ARU da Frente Marítima da Amorosa, na freguesia de Chafé.
O PEDU, financiado por fundos do programa Portugal 2020, “visa a qualificação do sistema urbano, mediante três diferentes planos: o Plano de Mobilidade Sustentável, o Plano de Ação de Regeneração Urbana e o Plano de Ação Integrada para as Comunidades Desfavorecidas”.