Cerca de 800 pessoas com mobilidade reduzida já tiveram acesso à praia e ao banho de mar em 16 anos do projeto “Praias sem Barreiras” promovido em Viana do Castelo pela APPACDM em parceria com a Câmara local.
De acordo com dados avançados pela Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM), que organiza e supervisiona o projeto, o funcionamento daquele apoio tem um custo anual de cerca 7.500 euros, suportados pela Câmara de Viana do Castelo.
Segundo aquela instituição, o projeto destina-se a portadores de deficiência física, os idosos, as grávidas e todas as pessoas que, mesmo temporariamente, se encontrem em convalescença provocada por algum problema motor, pertencentes a instituições públicas, privadas ou a título particular.
“O objetivo é garantir a acessibilidade à praia e ao banho, criando infraestruturas e equipamentos específicos, facilitando o acesso a todas as pessoas com mobilidade reduzida, promovendo a qualidade de vida usufruindo em pleno dos benefícios do meio aquático”, explicou a APPACDM.
O projeto, dotado de três equipamentos designados “Tiralô”, vai estar disponível a partir de sábado, em duas praias do concelho.
A equipa que “intervém diretamente no projeto é constituída por um terapeuta, responsável pelo serviço, e três ou quatro voluntários”.
Este ano, o “Praias sem Barreiras” vai voltar a funcionar até 30 de agosto, na praia da Amorosa, com bandeira azul, e frequentada por “um elevado número de banhistas, entre eles, várias pessoas com mobilidade reduzida”.
“Por vezes apresenta um mar um pouco agitado que dificulta o acesso à água por parte do utilizador”, adiantou a instituição.
Já na praia de Carreço, também com bandeira azul, e “frequentada por um número reduzido de pessoas com mobilidade reduzida” aquele apoio é disponibilizado com marcação prévia.
Fora do projeto “por falta de condições” ficou este ano a praia do Cabedelo, que está a ser alvo de uma intervenção de beneficiação ao abrigo do programa Polis Litoral.
O “Praia sem Barreiras” destinado a pessoas com diferentes problemáticas e diferentes faixas etárias “sofre apenas uma pausa durante as festas de Nossa Senhora da Agonia”, que vão decorrer entre 20 a 23 de agosto.
Com 43 anos de existência a APPACDM tem estruturas espalhadas em sete dos dez concelhos do Alto Minho e dá apoio a cerca de 750 utentes.