O presidente da câmara de Viana do Castelo pediu hoje ao Governo para “repensar o modelo” de tratamento de resíduos, alertando que o depósito de uma tonelada na Resulima passou de oito euros em 2023 para mais de 68.
“Entre janeiro de 2023 e outubro de 2025, o impacto nas contas do município deste aumento é de 1,5 milhões de euros”, alertou Luís Nobre (PS), em declarações aos jornalistas no fim da reunião ordinária do executivo.
O autarca apelou ao “governo do PSD para repensar o modelo de negócio ou o envolvimento de outros agentes no processo”.
“Este é um modelo de negócio que o governo entendeu privatizar. Mas, no início do mandato, a autarquia pagava oito euros por tonelada depositada. Atualmente paga 68 euros”, lamentou.
Para Luís Nobre, “a tutela, a entidade reguladora e os agentes locais têm de se sentar para procurar uma solução mais equilibrada”.
A área de abrangência da recolha e tratamento de resíduos da Resulima é o Vale do Lima e Baixo Cávado, com cerca de 1.743 quilómetros quadrados, e inclui os municípios de Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Ponte de Lima e Viana do Castelo, (distrito de Viana do Castelo), bem como os concelhos de Barcelos, Esposende (distrito de Braga), explica a empresa na sua página da Internet.
Em causa está uma população de cerca de 307.479 habitantes.