A Câmara Municipal de Viana do Castelo aprovou esta quinta-feira, por unanimidade, uma moção proposta pela CDU a manifestar ao Governo a disponibilidade do município para acolher refugiados mas “com o enquadramento necessário a um assunto com esta seriedade”.
“A Câmara Municipal de Viana do Castelo decide que, no quadro de um plano da responsabilidade do Estado central, apoiará o esforço de integração destas vítimas, honrando as tradições de solidariedade e humanismo do povo do nosso concelho”, lê-se no documento aprovado em reunião ordinária do executivo.
No final da sessão, em declarações aos jornalistas, o autarca socialista José Maria Costa sublinhou que tratar-se de “um assunto sensível”, que “exige o devido enquadramento por estarmos a falar de pessoas, famílias e expectativas de vida”.
A vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, autora da moção, realçou que o facto de o documento ter sido aprovado por unanimidade e acrescentou que “o governo português deve assumir a sua parte de responsabilidade neste processo”, considerando que, “nesse contexto a Câmara de Viana do Castelo apoiará o esforço de integração destas vítimas”.
“O Estado português deve, por razões humanitárias e por obrigação constitucional, tomar as medidas para dar o devido acolhimento a refugiados e imigrantes numa expressão da solidariedade para com os povos vítimas das agressões e políticas. Um acolhimento que permita a integração plena, nos planos social, económico, e laboral, bem como dos direitos à saúde e à educação”, acrescentou a moção a enviar ao governo.
A Europa tem estado sob intensa pressão para lidar com um afluxo sem precedentes de refugiados e migrantes, maioritariamente oriundos da Síria, abraços com um conflito iniciado em março de 2011 que já matou mais de 240.000 pessoas.
A Suécia e Alemanha estão entre os destinos mais procurados pelos que fogem da guerra e dos conflitos no Oriente Médio e norte da África.