Pedro Correia resgatou uma cobra-de-água-de-colar (Natrix natrix), uma espécie protegida pela Convenção de Berna que estava a ser atacada por gatos no seu quintal, em Viana do Castelo.
De acordo com o departamento do Ambiente da Câmara de Viana do Castelo, Pedro recolheu o animal e libertou-o num terreno adequado, a apenas 20 metros do local de captura, de forma a garantir a segurança da cobra.
Segundo o portal Charcos com Vida, dedicado à biodiversidade híbrida, a cobra-de-água-de-colar, da família Colubridae, é uma serpente aglifa, sem dentes inoculadores de veneno, não representando perigo para humanos.
Mede entre 100 e 120 cm na fase adulta, podendo raramente atingir 200 cm.
Possui uma cabeça larga e arredondada no focinho, com corpo coberto por escamas carenadas, dorso acinzentado, acastanhado ou verde-oliváceo, frequentemente com manchas escuras, e ventre esbranquiçado ou acinzentado com manchas quadrangulares.
Habita zonas húmidas como charcos, lagoas e cursos de água em bosques, zonas agrícolas e matagais, podendo ser encontrada em águas salobras.
Ativa de março a outubro, é maioritariamente diurna, mas pode ser crepuscular ou noturna nos meses mais quentes, deslocando-se em meios terrestre e aquático.
Quando ameaçada, pode libertar uma secreção nauseabunda pelas glândulas cloacais ou fingir-se de morta, permanecendo imóvel com a boca aberta.
Presente no Norte de África, Ásia e Europa, em Portugal ocorre em todo o território, exceto nas regiões mais áridas a sul do Tejo. Tem o estatuto de conservação de “Pouco Preocupante” em Portugal.