A Câmara de Viana do Castelo e a empresa Borgwarner vão apresentar o projeto da nova unidade industrial daquela multinacional americana, a acontecer na segunda-feira, 11 de outubro, às 16:00, no Parque Empresarial de Lanheses. Será também ‘lançada’ a primeira pedra da obra e estará presente o primeiro-ministro António Costa.
A 22 de julho de 2021, a autarquia decidiu isentar a Borgwarbner do pagamento de IMT pela aquisição daquele terreno onde está a ser construída uma nova fábrica de 25 milhões de euros, que criará mais 300 novos empregos.
A multinacional americana ficou assim isenta do pagamento do Imposto Municipal Sobre Transações Onerosas de Imóveis (IMT) pela aquisição,à empresa Enerconpor-Energias Renováveis de Portuga de uma parcela de terreno, com 78 mil metros quarados, no parque empresarial de Lanheses, pelo valor de 4,3 milhões de euros.
Na apresentação da proposta, o vereador do Planeamento e Gestão Urbanística, Reabilitação Urbana, Desenvolvimento Económico, Mobilidade, Coesão Territorial e Turismo, Luís Nobre, justificou o apoio “com a dimensão do investimento e pelo número de postos de trabalho que vão ser criados”.
O projeto da terceira fábrica da BorgWarner em Viana do Castelo foi apresentado em abril. A unidade, já em construção, vai começar a produzir motores elétricos para o setor automóvel em 2023.
Na altura, em conferência de imprensa realizada através de videoconferência, após a assinatura do contrato de investimento entre a câmara e a Borgwarner, o gerente em Portugal, Ricardo Moreira, adiantou que a nova unidade produtiva vai ocupar 17 mil metros quadrados de terreno no parque empresarial de Lanheses, onde o grupo já emprega 950 trabalhadores.
O responsável explicou que o novo investimento resulta da aposta na transição energética, estimando que em 2030 “45% do negócio da BorgWarner estará centrado na produção de motores elétricos”.
O responsável adiantou que “a nova fábrica será a terceira na Europa deste setor de negócio e irá produzir motores elétricos para clientes europeus do grupo”.
Atualmente, em Viana do Castelo a Borgwarner tem um volume de negócios de 170 milhões de euros, prevendo-se a duplicação deste valor, com o novo investimento”.
A multinacional instalou-se na capital do Alto Minho em 2014, num investimento de 25 milhões de euros e na altura estimava criar 500 postos de trabalho.
Em 2014, os incentivos concedidos pela Câmara de Viana do Castelo evitaram a saída da multinacional norte-americana BorgWarner, de Portugal, encontrando-se instalada no município vizinho de Valença.
Na altura, a multinacional beneficiou de um conjunto de isenções de taxas de infraestruturas, apoios à aquisição de terrenos e acompanhamento de processos de licenciamento, entre outras medidas.
A autarquia contratou ainda um gabinete especializado, por 40 mil euros, para conceder apoio técnico à multinacional na construção da nova fábrica.
O grupo é líder mundial de produtos em soluções de tecnologia limpa e eficiência para veículos de combustão, híbridos e elétricos. Com fábricas e instalações técnicas em 96 localizações em 24 países, a empresa emprega cerca de 50.000 pessoas.
Tem um volume de faturação anual de 10 milhões de dólares, sendo que “um terço do seu negócio está instalado na Europa”.
O Regime de Incentivos de Viana do Castelo “prevê reduções e isenções de taxas para investidores de empreendimentos turísticos e acolhimento empresarial, atividades económicas relacionadas com as fileiras da agricultura e floresta de base regional, regeneração urbana e modernização de espaços comerciais e espaços de restauração e bebidas”.
As medidas, “que visam assegurar aos investidores mecanismos e políticas impulsionadoras de desenvolvimento em atividades relacionadas com produtos endógenos, reabilitação e imobiliário, foram criadas em 2010”.
Notícia atualizada às 22h44 com informação da presença do primeiro-ministro.