A Câmara de Viana do Castelo vai investir 700 mil euros na adaptação de um pavilhão, na zona empresarial da Praia Norte, para a criação de um ‘contact center’ da Altice, projeto que prevê empregar 180 pessoas no prazo de um ano.
O acordo entre a Câmara e a Randstad, responsável pelo projeto da multinacional francesa, assinado, esta sexta-feira, nas instalações da autarquia, prevê o pagamento de uma renda à autarquia pela utilização do pavilhão. Em troca, há o compromisso de criação de “180 empregos nos próximos 12 meses”.
O novo centro, o décimo criado no país e gerido pela empresa Randstad, irá prestar atendimento ao cliente em língua francesa, sendo que “nesta altura, estão já em fase avançada de formação 46 trabalhadores”. Outras 25 pessoas estão a receber formação em língua francesa.
O protocolo de colaboração e contrato de arrendamento foi assinado pelo presidente da Câmara, José Maria Costa, e pelo administrador da Randstad Portugal, José Miguel Leonardo.
O responsável da Randstad sublinhou que “no último ano já foram criados mais de mil postos de trabalho neste projeto da Altice que prevê, nos próximos três a quatro anos, a criação de cerca de quatro mil postos de trabalho”.
“É um projeto ambicioso que não é possível sem proatividade de quem puder, com interesse mútuo, criar as condições que o torne possível”, disse, adiantando que a empresa “está já em negociações avançadas com outros municípios” para a criação de novos centros no país, e nas ilhas.
Em Viana do Castelo, até final do ano, previsão para a entrada em funcionamento do ‘contact center’, serão criados entre 80 a 85 postos trabalho, para no prazo de um ano atingir os 180.
“No caso de obtermos sucesso, formativo e de desempenho, em Viana do Castelo podemos expandir este projeto até ao dobro da dimensão”, destacou.
Para José Miguel Leonardo “este é um projeto a longo prazo de valorização dos recursos humanos” que, “através da instalação em regiões fortemente marcadas pela emigração, poderá contribuir para o retorno das pessoas a Viana do Castelo”.
“É possível, mesmo para indivíduos que tenham, à partida, apenas um conhecimento pouco mais que básico da língua francesa, através da formação específica que temos desenhada para este projeto, adquirirem o nível suficiente para, em poucos meses, poderem atuar nesta prestação de serviços”.
O responsável escusou-se a apontar o montante do investimento que a empresa irá realizar na criação de condições tecnológicas no novo centro, para garantir “boas comunicações com França”, referindo apenas que se trata de “um projeto de alta complexidade técnica”.
A instalação daquele centro visa “criar melhores condições de vida para a população ao permitir a diminuição da taxa de desemprego local, atrair nova população, tecnicamente qualificada, criar postos de trabalho e revitalizar o tecido económico e social local”.
O autarca socialista da capital do Alto Minho sublinhou tratar-se de um “investimento muito importante na criação de emprego qualificado”, que vem ao encontro da política municipal de acolhimento empresarial.
“O objetivo é criar condições de atratividade que têm vindo a ter resultados positivos, designadamente, com os recentes investimentos concretizados de duas novas fábricas do setor automóvel e a ampliação de duas unidades industriais já instaladas no concelho”.
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