Viana do Castelo
Viana ia ficar de fora da lista de risco, mas Governo incluiu para não se tornar “uma ilha”
Covid-19
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É o que se costuma dizer: “Levar por tabela”. O concelho de Viana do Castelo é o único dos 18 municípios minhotos com novas medidas que não ultrapassou a barreira média de 240 infetados por cada 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, critério definido pelo Centro Europeu de Doenças para colocar restrições adicionais.
António Costa explicou durante a conferência de imprensa realizada no final da reunião extraordinária do Conselho de Ministros, ao final da tarde deste sábado, que Viana, à semelhança de outros cinco concelhos no país, é incluída por estar ‘entalada’ ao redor de concelhos a ‘laranja’.
“Há alguns concelhos que não estão na lista mas para não ficarem do género de uma ilha, decidimos incluir”, admitiu o chefe de Governo.
Houve também exceções para concelhos com baixa densidade populacional por se considerar que ultrapassavam os limites definidos apenas por possuirem um surto ativo, como é o caso de lares ou outras instituições
O presidente da Câmara de Viana considerou hoje que o confinamento parcial no concelho por causa da covid-19 revela um “equilíbrio justo” e “menos penalizador”.
“São medidas equilibradas, que não fecham a economia. Fazem um equilíbrio justo entre o combate à pandemia e a necessidade de não parar a economia, criando condições para a proteção das pessoas e fazendo um grande apelo ao dever e à responsabilidade individual de cada um”, afirmou hoje à agência Lusa o socialista José Maria Costa.
Contactado pela agência Lusa, o autarca da capital do Alto Minho adiantou que “o país vive um momento de convocação nacional, de grande responsabilidade”.
“As medidas anunciadas pelo senhor primeiro-ministro são acertadas, juntas e menos penalizadora que no passado”, reforçou.
José Maria Costa anunciou que convocou para segunda-feira uma reunião da comissão municipal de proteção civil.
“Vamos analisar toda a informação que hoje foi transmitida pelo primeiro-ministro e avaliar a situação com as autoridades locais quer na área saúde, emergência médica, entre outras, e iremos aprovar a nível municipal um conjunto de medidas e de apelos à população para maior cumprimento das regras”, avançou.
As medidas hoje anunciadas pelo primeiro-ministro aplicam-se em concelhos com mais de 240 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.
Os concelhos do Minho abrangidos pelas medidas são: Amares, Barcelos, Braga, Caminha, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Esposende, Fafe, Guimarães, Paredes de Coura, Ponte de Lima, Póvoa de Lanhoso, Valença, Viana do Castelo, Cerveira, Famalicão, Vila Verde e Vizela.
De fora ficam Monção, Melgaço, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Terras de Bouro e Vieira do Minho.
António Costa falava aos jornalistas após um Conselho de Ministros extraordinário que decidiu novas medidas restritivas para controlar o aumento de casos de covid-19 no país.
Os restaurantes nestes 121 concelhos do continente não poderão ter mesas com mais de seis pessoas e o seu horário de fecho passa a ser as 22:30.
Os estabelecimentos comerciais terão de fechar, na generalidade, às 22:00.
Também nestes territórios ficam proibidas as feiras e os mercados de levante, e os eventos e celebrações ficam limitados a cinco pessoas, exceto nos casos em que os participantes pertencem ao mesmo agregado familiar.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 45,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.507 pessoas dos 141.279 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
*com Lusa

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Viana do Castelo
Econtrada com vida (a 12 quilómetros de casa) mulher que desapareceu em Viana do Castelo
Buscas

A mulher de 82 anos que estava dada como desaparecida desde a tarde desta sexta-feira foi encontrada com vida por uma sobrinha, e encontra-se bem de saúde.
Fonte da família disse a O MINHO que a senhora terá saído de casa, na zona da Abelheira, na cidade de Viana, e se terá desorientado, acabando por caminhar em “direção a Melgaço”.
Ao final da tarde, uma sobrinha que já andava há várias horas a percorrer ruas do concelho com uma viatura encontrou a senhora na zona de Afife, a cerca de 12 quilómetros da residência.
De acordo com a sobrinha, a senhora estaria desorientada e acabou por caminhar rumo a Norte. Neste momento está já em casa e encontra-se bem de saúde, consciente e cooperante.
Nas buscas participaram os Bombeiros Voluntários de Viana, os Bombeiros Sapadores de Viana, a PSP e vários familiares e populares que se mobilizaram para este desfecho feliz.

ATUALIZAÇÃO
Econtrada com vida (a 12 quilómetros de casa) mulher que desapareceu em Viana do Castelo
Uma mulher de 82 anos está dada como desaparecida desde a tarde desta sexta-feira, em Viana do Castelo, apurou O MINHO junto de fonte das autoridades.
O alerta foi dado via Bombeiros de Viana que transmitiram a ocorrência às autoridades policiais.
Ao que apurou O MINHO, tanto os Voluntários de Viana como os Sapadores estão a proceder a buscas pela idosa na zona de Abelheira, nas imediações do monte de Santa Luzia, com apoio da PSP.
Não são conhecidas mais informações até ao momento.
O alerta foi dado às 17:29.

A família do homem morto a tiro em Viana do Castelo em 2013 recorreu da sentença aplicada ao homicida e pediu o agravamento para os 18 anos de prisão, disse hoje o advogado Francisco Morais da Fonte.
“Pretendemos que o arguido seja condenado pelos crimes de ofensa à integridade física qualificada ao irmão da vítima, pagando a respetiva indemnização, homicídio qualificado, e não simples, e por detenção de arma proibida, como está acusado pelo Ministério Público (MP)”, disse hoje o advogado à agência Lusa.
“Pedimos uma pena única de 18 anos de prisão e não de 12 anos, como foi aplicada pelo tribunal de Viana do Castelo”, afirmou Francisco Morais da Fonte, que representa a mãe e o irmão da vítima.
Segundo o advogado, “o MP também recorreu da sentença”, acrescentando ter interposto recurso junto do Tribunal da Relação de Guimarães no passado dia 07.
Francisco Morais da Fonte adiantou que o recurso visa ainda “a repetição do julgamento”.
“O objetivo é apurar todas as características da arma que foi usada no homicídio, através de exame pericial da bucha e dos grãos de chumbo encontrados no corpo da vítima, se for julgado necessário pelo Tribunal da Relação”, especificou.
“A arma nunca foi encontrada. O tribunal de Viana deu apenas como provado que o disparo foi feito com uma arma de fogo de canos compridos e, não concordamos com isso”, destacou.
Em dezembro último, o Tribunal de Viana do Castelo condenou o arguido, a 12 anos de prisão.
O homem estava acusado de homicídio qualificado, mas acabou por ser condenado por homicídio simples, por não ter sido encontrada a arma do crime.
Durante a leitura do acórdão, a juiz presidente do coletivo adiantou que o arguido, que se encontra em prisão preventiva após sete anos em fuga, foi absolvido de outros dois crimes de que estava acusado, designadamente um crime de ofensa à integridade física qualificada e o outro de detenção de arma proibida.
A magistrada explicou não ter sido suficiente para a condenação daqueles dois crimes “a prova documental e testemunhal” produzida durante o julgamento, que teve início em outubro.
O coletivo que julgou o caso decidiu ainda condenar o homem a pagar uma indemnização à mãe da vítima mortal no valor total de 141 mil euros.
Na quinta-feira, fonte do gabinete do advogado Aníbal Pinto informou que recorreu da sentença, insistindo que o arguido agiu em legítima defesa.
Em outubro, no início do julgamento, Aníbal Pinto disse que o seu constituinte “lamenta a morte, mas que agiu em clara e legítima de defesa” e que “o que fez foi para repelir agressões, defendendo a sua integridade física e a sua vida”, bem como a “da mulher e do filho”.
O tribunal rejeitou a tese de legítima defesa invocada pelo advogado do arguido, por considerar ter ficado provado que o arguido, “antevendo eventuais agressões”, após o esfaqueamento de um dos irmãos, “preparou-se com uma arma de fogo” para a chegada do irmão que viria a morrer e de outros familiares à sua residência.
“Já ia munido de uma arma de fogo quando se deslocou para a alameda onde ocorreram os factos”, sublinhou.
Os factos remontam a 15 de janeiro de 2013, em Viana do Castelo, e vitimaram dois irmãos.
Segundo a acusação do MP, “o primeiro foi atingido por golpes de arma branca e o segundo foi atingido mortalmente com um tiro de uma espingarda caçadeira, quando, acompanhados por outros familiares, procuravam o arguido, junto da respetiva residência.
Na sequência dos factos, e ainda nessa noite, o homem hoje condenado a 12 anos de cadeira, “colocou-se em fuga, ausentando-se para o estrangeiro onde tinha familiares emigrados”.
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