Quantos vezes não se passam anos sem familiares se verem, se não houver um funeral ou casamento que os reúna? Para evitar perder laços e reforçar a sua união, a família “Louras”, de Santa Marta de Portuzelo, em Viana do Castelo, instituiu que, todos os anos, o primeiro sábado de setembro é para se reunirem. Aquela que já é uma tradição familiar começou em 2015 e a certeza é de que vai continuar por longos anos. E que o jantar será sempre arroz de tomate com filete.
Manuel Ribeiro, que começou a iniciativa, é um dos quatro irmãos “Louras” – há ainda a Rosa, Emília e Ana – e explica que a reunião abrange a família “da parte do pai”. E desde que, há sete anos, começaram a realizar este encontro anual, “já há mais gente a fazer agora”, nota.
Atualmente, três gerações de “Louras” sabem que o primeiro sábado de setembro é reservado para a família. O último encontro realizou-se no sábado passado e juntou “cerca de 50 pessoas”. A confraternização contou, além de almoço e jantar, com conjunto de gaitas de foles e cantares ao desafio.
A organização é feita à vez. A regra é que, em cada ano, cada um dos familiares albergue o convívio em sua casa. Os custos são divididos por todos.
A festa começa pelo almoço, que não tem menu definido, e termina à noite, sempre com a mesma especialidade. “Ao jantar comemos sempre um arroz de tomate com filete. É assim desde o primeiro e vai ser sempre, como nesta altura já há tomate maduro”, vinca a O MINHO Manuel Ribeiro.
Mais novos ou mais velhos, certo é que todos gostam do encontro familiar. “Todos aderem. Temos bricadeiras para os mais pequenos. Os mais velhos também ficam todos os contentes, porque a animação também é boa e depois andam toda a semana a falar do encontro”, aponta o elemento da família “Louras”.
“Era importante que as pessoas se juntassem mais. Isto cria-se família”, defende Manuel Ribeiro. Mesmo nos últimos dois anos de pandemia, o encontro realizou-se, embora com menos pessoas do que o habitual e com as devidas cautelas. E Manuel Ribeiro assegura que a reunião anual é para durar: “Vai ser para sempre, não falha mais”.