Viana escutou a mulher que mudou de nome para resistir à ditadura

Foto: Joca Fotógrafos / O MINHO

Branca Carvalho, uma das “mulheres de Abril”, participou numa tertúlia, no sábado, onde contou a sua experiência na clandestinidade. Decorreu na Galeria Barca d’Artes, em Viana do Castelo, e foi um evento do Centro Cultural do Alto Minho.

A resistente viveu na clandestinidade entre 1972 e 1974, após ter sido denunciada por trabalhar clandestinamente numa tipografia. Foi aí que Branca Carvalho mudou de nome para Mariana, de forma a ‘fintar’ a polícia política. Adotaria esse nome até poucos dias após a Revolução dos Cravos.

Na sessão em Viana do Castelo, a mulher contou que, no dia 25 de abril estava, às nove horas da manhã, em frente a uma loja de malas para comprar as que fossem necessárias para mudar a máquina de impressão de um apartamento para outro.

Nessa máquina eram impressos milhares de folhetos, posteriormente distribuídos clandestinamente, sendo que o seu transporte era uma delicada operação. Contudo, as malas não foram necessárias, já que se fez a revolução.

Esta tertúlia decorreu no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.

 
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