A manutenção dos cerca de 65 hectares de espaços verdes do concelho de Viana do Castelo é retomada em pleno na segunda-feira, depois dos constrangimentos causados pela pandemia de covid-19 no normal funcionamento daqueles serviços.
“As condições normais de manutenção foram interrompidas exatamente há dois meses. Até 13 de março tínhamos 45 jardineiros municipais e duas equipas externas especializadas [cada equipa é composta por cerca de seis funcionários] que tratavam dos espaços verdes do concelho. A partir dessa data o efetivo ficou reduzido a perto de 20%”, disse hoje à agência Lusa o vereador com o pelouro do Ambiente na Câmara de Viana do Castelo.
Segundo Ricardo Carvalhido, a partir do estado de emergência, decretado na sequência da pandemia do novo coronavírus, “o município passou a dispor de 15 jardineiros e metade de uma equipa externa especializada”.
“A partir de segunda-feira teremos tudo em pleno – os 54 jardineiros municipais e duas equipas externas especializadas -, pelo que espera o restabelecimento da qualidade dos espaços verdes nas próximas semanas”, referiu o vereador do Ambiente.
O responsável incentivou “os munícipes a acompanharem o planeamento da atividade operacional dos espaços verdes municipais e das freguesias (incluindo responsabilidades na manutenção, frequência de cortes e custo) através de uma plataforma ‘online’ criada pela autarquia.
“Viana do Castelo dispõe aproximadamente de 65 hectares de espaços verdes, distribuídos por relvados, canteiros, sebes e matos. A cada habitante do concelho correspondem cerca de sete metros quadrados de área verde. Estes espaços requerem atenção de manutenção variada nos processos e diferenciada no tempo, entre intervenções semanais a trimestrais”, explicou, garantindo que a monitorização desse trabalho pode ser consultada, por cada munícipe, na nova ferramenta digital.
Segundo Ricardo Carvalhido, além da manutenção dos espaços verdes, aquele serviço da autarquia garante “o funcionamento do horto municipal, a produção, em viveiro, de cerca de 80 mil espécimes usadas nos espaços públicos, incluindo a cedência de exemplares às juntas e uniões de freguesias, a manutenção de cerca de 250 vasos instalados na via pública e 650 em edifícios municipais”.
A manutenção abrange ainda “os 21 quilómetros da ecovia do Litoral Norte, rotundas e vias de acesso à cidade (Mazarefes, Darque, Meadela e Areosa) e a gestão do património arbóreo da cidade, composto por cerca de 9.500 árvores”.
“A falta de manutenção que se tem verificado em vários espaços da cidade – e que contraria os princípios de excelência com que se pautam os serviços do horto municipal – resultou da redução excecional do pessoal operacional por limitação do efetivo de jardineiros (a 15 elementos em regime de rotatividade) e do pessoal das entidades de apoio contratadas, coincidente com o período anual de maior crescimento vegetativo, que decorre entre março e maio”, especificou.
Além dos funcionários municipais, a manutenção dos jardins vai ser garantida pela empresa Balaconstroi, a quem a Câmara de Viana do Castelo adjudicou aquele serviço, em setembro de 2019. De acordo com a informação hoje consultada pela Lusa no Base, portal da contratação pública, o contrato, com um prazo de execução de 365 dias, ronda os 95.580 euros.
Em 2019, segundo dados avançados pelo vereador do Ambiente, “o custo operacional global do horto municipal foi de cerca de 700 mil euros”, montante que inclui “salários, manutenção de máquinas, viaturas e equipamentos e a contratação de serviços de apoio de especialidade”.
Portugal contabiliza 1.184 mortos associados à covid-19 em 28.319 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.