O presidente da Câmara de Viana do Castelo pediu hoje “equidade” na distribuição de verbas do Estado para assegurar o serviço público de transportes, alertando que fora das áreas metropolitanas esse trabalho apenas começou em 2019.
“O país é um todo, não é só as áreas metropolitanas [do Porto e Lisboa]. Estou a pedir o mínimo. Temos de reivindicar isso. Não é para Viana do Castelo, é para todos. Para Trás os Montes ou para o Alentejo”, observou Luis Nobre (PS), na reunião extraordinária do executivo municipal realizada para aprovar o regulamento do serviço público de transportes municipal.
Destacando que “há décadas que se fazem investimentos avultadíssimos nas áreas metropolitanas”, o autarca reconheceu “o esforço feito com o PART [Programa de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos]” mas considera que não chega.
“Para mim era fácil. Redistribuir em função do mérito. Distribuir de forma mais equitativa. Mas tirar 1% [da verba] das áreas metropolitanas nem pensar”, lamentou.
“Tem de haver essa coragem”, frisou, explicando estar a fazer um “alerta” e um “grito de revolta”.
No fim da sessão camarária, Luís Nobre explicou aos jornalistas que a sugestão de retirar 1% das áreas metropolitanas surge porque o Estado diz que não tem meios, pelo que “deve haver mais equidade”.