O presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) anunciou esta terça-feira que a instituição está “absolutamente disponível” para receber alunos refugiados, com o número de vagas a depender do “volume de candidatos e nível de formação”.
“Estamos absolutamente disponíveis para receber estudantes refugiados. Agora, é preciso saber o volume de candidatos e o nível de formação a que se destinam”, afirmou Rui Teixeira.
Segundo o presidente do IPVC, o número de vagas a disponibilizar “será mais ou menos expressivo conforme o nível e a formação, em concreto, em que os alunos venham a ser integrados”.
O responsável adiantou que o número de vagas a disponibilizar a estudantes refugiados dependerá, ainda, “das condições que o Politécnico disporá para integrar efetivamente esses alunos, quer ao nível das atividades académicas, quer ao nível da vida social”.
Rui Teixeira disse que a disponibilidade do IPVC “foi manifestada há mais de um mês junto de várias organizações ligadas a este processo” e acrescentou estar “a aguardar pelas orientações do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP)” sobre o número de estudantes refugiados e quais as condições para que estes possam frequentar o ensino superior no Politécnico de Viana do Castelo.
“Estamos absolutamente disponíveis, mas temos de aguardar por orientações do CCISP, que sabemos estar a abordar o assunto”, acrescentou.
A presidente do Conselho Português para os Refugiados (CPR) manifestou-se esta terça-feira dececionada com o facto de os ministros do Interior da União Europeia terem adiado para o início de outubro a distribuição de mais de 120 mil refugiados.
Teresa Tito Morais declarou ser “dececionante o impasse criado”, lamentando que continuem a haver “contradições no seio dos Estados-membros, o que não perspetiva a decisão rápida que se impõe”.
Na segunda-feira, a reunião extraordinária de ministros do Interior da União Europeia (UE) não trouxe qualquer conclusão ao problema dos refugiados sírios, com os 28 governantes a falharem um acordo sobre um sistema de repartição de mais 120 mil refugiados.