A edição de 2015 do festival de música eletrónica Neopop gerou um retorno financeiro em Viana do Castelo de quatro milhões de euros em quatro dias.
De acordo com os dados avançados pela organização em conferência de imprensa, realizada na Câmara de Viana do Castelo, o festival de música eletrónica, que decorreu entre 12 e 15 de agosto, mais um dia do que o habitual por se tratar do décimo aniversário, “recebeu 10 mil pessoas por dia e chegou a mais de 80 países através da transmissão pela internet.
No encontro com os jornalistas, Raul Duro, da organização do festival, avançou que a edição 2016 terá um orçamento de um milhão de euros, e prometeu que “tudo será feito” para que a próxima edição “seja o melhor de sempre”, como forma de “agradecer a confiança que o município está a depositar na organização”, ao “reforçar” o apoio ao evento.
A edição do próximo ano vai decorrer entre 04 e 06 de agosto, mais cedo do que o habitual, mas no mesmo local, o Forte de Santiago da Barra, junto à ribeira da cidade.
“Muita gente no mundo já batizou o local como um templo da música de dança. Vamos, cada vez mais, investir naquele local para o tornar mais bonito e atraente”, realçou.
Raul Duro sublinhou que a parceria com a autarquia vai ainda permitir “receber melhor os festivaleiros, mostrando o que de melhor a região tem ao nível da gastronomia, paisagem, arquitetura, comércio tradicional e turismo”.
“Toda a nossa estratégia de comunicação vai passar por estes dois fatores: A música alternativa que o festival representa e a cidade de Viana do Castelo” afirmou Raul Duro, adiantando que a 11ª edição terá como lema “De Viana para o mundo”.
“O Neopop nos últimos três anos esgota todo o parque hoteleiro que existe em Viana do Castelo (…). Começa a ser para nós uma barreira difícil de ultrapassar saber onde podemos meter mais gente a dormir”, sustentou, explicando que nos últimos três anos a organização tem alugado as residências académicas do Instituto Politécnico da cidade para fazer face à procura de alojamento.
Adiantou que em 2014 o Neopop recebeu festivaleiros de 30 países diferentes, sendo que a maioria tem uma média de idades que oscila entre os 26 e 35 anos de idade, e com poder económico.
“Não é um festival barato. De acordo com um estudo que fizemos há três anos, por dia, cada festivaleiro gasta cerca de 350 euros. Os números estão desatualizados face ao crescimento do festival, e por isso vamos fazer um novo estudo”, disse.
Em 2016 está previsto o reforço de ações de pré-apresentação do festival que irão decorrer por toda a cidade, de modo a fazer uma aproximação entre o evento e a população local.
Aquelas ações “terão por base uma forte aposta nas novas tecnologias e, na música eletrónica em vertentes que ultrapassam o formato do festival”.
Os passes para os três dias 11ªedição do Neopop estão desde esta terça-feira à venda em ticketline.pt, ou nas lojas Fnac, Worten, e Agência de viagens Abreu com o preço de 65 euros.