O presidente da Câmara de Viana do Castelo vai “agilizar” testes à covid-19 para agentes da proteção civil e procurar espaços de confinamento na sequência da inclusão do concelho no mapa de risco da pandemia, foi hoje divulgado.
Em comunicado, a autarquia da capital do Alto Minho adiantou que a decisão foi tomada em reunião da comissão municipal de proteção civil.
Aquela estrutura reuniu-se “para analisar as medidas anunciadas pelo Governo com a renovação do estado de calamidade em todo o território e com a inclusão de Viana do Castelo nos concelhos abrangidos pelas novas medidas”.
Viana do Castelo integra a lista nacional de 121 abrangidos, a partir de quarta-feira, pelo dever cívico de recolhimento domiciliário, novos horários nos estabelecimentos e teletrabalho obrigatório, salvo “oposição fundamentada” pelo trabalhador, devido à covid-19.
Além de “agilizar a priorização de testes aos agentes da proteção civil”, o socialista José Maria Costa foi “incumbido” de “procurar espaços de confinamento mais pequenos do que o centro cultural para acudir a situações de emergência”.
“Espaços de isolamento adequados para os profissionais das áreas da proteção civil ou outros que não tenham condições quer por motivos profissionais, quer por motivos familiares”, especifica a nota.
José Maria Costa terá também de “agilizar, através de um protocolo com a Cruz Vermelha Portuguesa, a realização de testes rápidos de despiste para situações que tenham a ver com as forças operacionais de proteção civil municipal”.
Na reunião da comissão municipal de proteção civil “outra das preocupações apontadas prende-se com a necessidade da gestão dos recursos humanos ter de ser adequada e inteligente, atendendo às dificuldades de encontrar meios ou recursos humanos suficientes com a agudização da pandemia”.
No encontro hoje realizado “foram ouvidos os diferentes intervenientes nas áreas da saúde, Delegação de Saúde e Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), Segurança Social, forças de segurança e o Comandante Operacional do Distrito (CODIS)”.
“Os serviços de saúde deram conta dos constrangimentos existentes, referenciando os planos de contingência que estão a ser ativados para fazer face ao incremento do número de doentes covid-19, bem como no atendimento de utentes com doenças crónicas, tendo para isso sido aumentado o número de camas em enfermaria”, refere o documento.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos e mais de 46,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.590 pessoas dos 146.847 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Portugal contabiliza pelo menos 2.590 mortos associados à covid-19 em 146.847 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).