A Câmara de Viana do Castelo aprovou esta terça-feira, por unanimidade, uma proposta para pedir a classificação da ponte Eiffel sobre o rio Lima como imóvel de interesse nacional.
A proposta vai seguir para a Direção-Geral do Património Cultural, a quem cabe conduzir o procedimento de classificação.
Aquela travessia metálica, que liga a cidade de Viana do Castelo a Darque, completou no sábado 140 anos.
Reconhecida como património da cidade, a ponte Eiffel constitui um símbolo da arquitetura do ferro do século XIX, sendo hoje um ex-libris de Viana do Castelo.
Tem 645 metros de comprimento, é composta por dois tabuleiros metálicos, sendo o superior rodoviário, para trânsito automóvel e pedestre, e o inferior ferroviário.
Inaugurada em 1878, a ponte metálica sobre o Rio Lima foi desenhada pela Casa Eiffel de Paris e substituiu a ponte em madeira que ligava o então terreiro de São Bento à margem esquerda do rio Lima, junto à capela de São Lourenço, na freguesia de Darque.
A empresa de Gustave Eiffel também foi encarregada da construção.
As obras começaram em março de 1877 e foram concluídas em maio do ano seguinte e a 30 de junho de 1878, foi inaugurado o troço ferroviário entre Darque e Caminha.
Também hoje, a Câmara de Viana do Castelo decidiu dar parecer negativo a um eventual pedido de classificação como imóvel de interesse municipal do Edifício Jardim, vulgarmente conhecido por prédio Coutinho.
Trata-se de um prédio de 13 andares que a câmara quer demolir, para ali construir o novo mercado municipal.
O arquitecto Fernando Maia Pinto já tinha pedido a classificação do prédio como imóvel de interesse público, mas a Direcção-Geral do Património Cultural arquivou o pedido.