Os vereadores Miguel Corais e Liliana Pereira, ambos do PS de Braga, estiveram esta quinta-feira com João Felgueiras, comandante dos Bombeiros Sapadores, e debateram sobre o planeamento para os próximos quatro anos. O encontro teve como assunto os grandes incêndios recentes e a forma de obtenção de mais meios para a organização, vista como uma prioridade.
“É nos pontos mais frágeis que quer nós, quer quem está a presidir a câmara, vamos estar atentos que vai ser uma prioridade. Vamos estar atentos ao próximo orçamento, saber se existe a intenção de resolver estes problemas, e que é um caminho que a autarquia tem que colocar nos próximos quatro anos como efetivo” disse Corais ao fim da reunião.
“Depois dos incidentes do fim de semana que ocorreram vários incêndios em Portugal todo, nós próprios, no anterior mandato, levantamos a preocupação com a falta de meios que havia do ponto de vista de combate. Durante a campanha, foi um tema que nos preocupou“.
Corais e Liliana dizem que não é momento de fazer “acusações fáceis” após os incêndios, pois concordam que as questões climáticas tornaram os fogos incontroláveis. Mas também destacam que uma cidade como Braga precisa ter mais meios.
“Não podemos rogar que somos a terceira maior cidade do país, que somos a capital do distrito, se olhamos para Famalicão, Barcelos e Guimarães, e no ponto de vista comparativo, os meios deles serem maiores. Temos que redirecionar os investimentos. Temos que ter um padrão, e é ver como são nesses lugares, e Braga não pode ser menor. Uma cidade com o nosso nível de população e amplitude geográfica, ver o que é normal ter”, disse o vereador.
“Acima de tudo, vejo que é preciso de mais meios. Braga, com a característica urbana que tem, com prédios alto, se tiver um incêndio por fuga de gás, que é preciso uma auto escada, não temos. E o que vai acontecer? Se acontecer no último andar, a primeira intervenção vai ser atrasada. A questão dos meios e do plano de investimento e combate é urgente”.
Corais também demonstrou apoio aos bombeiros voluntários, e lembrou que formam uma equipa com os sapadores e a Proteção Civil. E que todos devem ser fortalecidos.
“É nessa conjugação que queremos proteger Braga. Com sapadores e voluntários fortes, não são concorrentes. Ao mesmo tempo, o papel do Município, que tem que encontrar uma forma de influenciar os bracarenses a apoiar os voluntários. Todos estamos preocupados com a proteção dos bracarenses. Sem alarmismos, estamos a sinalizar no início do mandato que estamos a acompanahr de uma forma credível”, concluiu.