José Alfredo Oliveira, vereador e vice-presidente da Câmara de Ponte da Barca, rejeitou o convite de duas estruturas concelhias para integrar a lista de deputados PSD às próximas ‘legislativas’, pelo círculo de Viana do Castelo, porque quer “estar com os dois pés em Ponte da Barca e no Alto Minho”.
Em declarações a O MINHO, e na sequência de uma publicação nas redes sociais feita pelo próprio, o número dois de Augusto Marinho (PSD) em Ponte da Barca revela ter recebido convites das comissões políticas de Ponte da Barca e de Cerveira para integrar a lista ao Parlamento, “voto de confiança replicado” pela ‘Distrital’ social-democrata, a cargo de Olegário Gonçalves, assumido apoiante de Rui Rio nas últimas eleições. Já José Alfredo Oliveira, mais próximo de Paulo Rangel, assegura que esta decisão não está em nada relacionada com as últimas ‘diretas’ do partido.
A ‘Nacional’ do PSD aprovou Jorge Mendes, como cabeça-de-lista, e Emília Cerqueira no segundo lugar, dois candidatos que já exercem a função de deputado. Em terceiro surge João Montenegro, seguido de José Carlos Vasconcelos, Felismina Barros, e Vítor Morais da Cruz.
“Não obstante a confiança manifestada e a minha vontade em abraçar o desafio parlamentar, entendi que este é o momento de estar com os dois pés em Ponte da Barca e no Alto Minho, razão pela qual decidi prescindir”, disse José Alfredo Oliveira.
E justifica: “Faço-o por duas razões. Primeiro porque entendo que o compromisso assumido com Ponte da Barca não poderia ser secundarizado neste momento, apenas dois meses volvidos das eleições autárquicas onde o PSD revalidou a sua maioria absoluta. Não seria correto para com as pessoas abraçar outro desafio e com isso colocar em causa a boa estabilidade na Câmara Municipal de Ponte da Barca onde honrosamente exerço as funções de vice-presidente”, escreve.
E prossegue: “Em segundo lugar, porque Ponte da Barca é terra de permanentes vitórias do PSD. É terra onde o PSD conta com meio milhar de militantes, com excelentes autarcas e onde se é orgulhosamente do social democrata. Tudo isto é resultado de muito trabalho, de proximidade e de muita dedicação, daí nunca ter perdido uma única eleição. Por isso a Barca tem ser tratada com a devida justiça, dignidade e respeito”.
Aos 35 anos, José Alfredo é um nome promissor no PSD do Alto Minho, dada a juventude contrabalançada com anos de experiência (é o segundo mandato que ocupa no executivo barquense), e diz ser “uma honra e um privilégio poder contar com a confiança de todos”.
“(…) continuarei a dar o meu melhor para garantir que o PSD continue a merecer a confiança das pessoas e primar pela qualidade, pelo mérito e pela convicção de se fazer mais e melhor. Uma vez não são vezes e esta é a vez de Ponte da Barca. Agora, como sempre, juntos pela nossa terra a honrar o passado vencendo o futuro!”, concluiu.
Licenciado em Direito pela Universidade do Minho, com pós-graduação e mestrado em Direito das Autarquias Locais, pela mesma academia, é vice-presidente da Câmara de Ponte da Barca desde 2017, quando ajudou Augusto Marinho a reconquistar a autarquia ao PS. Atualmente é responsável pelos pelouros dos Assuntos Jurídicos, Contencioso Administrativo, Modernização Administrativa, Gestão da Qualidade, Gestão de Sistemas de Informação, Fundos Comunitários, Juventude, Fiscalização de Obras Particulares, Cemitério Municipal, Mercados e Feira Municipal.
Antes de exercer funções como vereador, foi advogado no escritório de José Pedro Aguiar Branco & Associados, no Porto, e consultor da empresa Seven, em Braga.
