Vereador de Vila Verde expulso do Chega arrasa Ventura: “Um mentiroso, um vendido”

O vereador da Câmara de Vila Verde Fernando Silva foi expulso do Chega durante seis anos. A medida foi anunciada pela Comissão de Jurisdição do Chega, na segunda-feira, e surge na sequência de um pedido de desfiliação do agora vereador independente.

Em declarações a O MINHO, o vereador diz ter provas “que a desfiliação foi aceite” antes desta deliberação, pelo que considera esta expulsão como uma vingança orquestrada pelo deputado daquele partido eleito pelo círculo de Braga, Filipe Melo.

O MINHO contactou Filipe Melo, que não se quis pronunciar.

“Chapelada” nas eleições distritais. “Tenho provas”

Fernando Silva, mais conhecido em Vila Verde por “Feitor”, alega que esta expulsão surge após uma “chapelada” na eleição para o presidente da distrital de Braga, onde Melo ganhou a Silva. O vereador diz que alguns votos no estrangeiro não foram contabilizados e afirma ter provas disso.

“Feitor” diz ainda que outros líderes de concelhias de Braga também abandonaram o partido em rota de colisão contra Filipe Melo e contra André Ventura.

Ventura é “um mentiroso, um vendido”

Nas redes sociais, dias antes de saber que tinha sido expulso, Fernando Silva criticou o líder do Chega André Ventura, dizendo que este “senhor é um mentiroso compulsivo, um vendido, e quem não for como ele, ou sai pelo próprio pé ou é arrumado para canto”.

“Feitor” comentava uma publicação do Polígrafo, onde André Ventura é apanhado a prometer que se deixaria internar caso admitisse alianças à direita, como agora o fez aquando da demissão de António Costa.

“Vamos internar o homem!”, comentou Fernando “Feitor”.

“Andei a apoiar uma seita”

O vereador arrasa Ventura com declarações inflamatórias: “Ninguém contradiga esse aldrabão, senão põe logo os seus agentes em perseguição até os fazer desaparecer desse partido que mais parece uma empresa unipessoal”.

Para Fernando Silva, “ninguém nesse partido pode dar opiniões diferentes ou dizer as verdades, são logo apelidados de ratos de esgoto e impedidos de participar na vida ativa do partido”.

Considera que andou “a apoiar uma seita”, onde “ficou gente déspota, mitómana e sedenta de poder, que não fará a diferença em termos de combate à corrupção, porque se o PS tem uma terceira mão, em Braga André Ventura já adquiriu a quarta”, referindo-se a Filipe Melo.

 
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