Ventura quer que MP investigue se houve pressões da Rússia no caso dos ativistas

Caso da partilha de dados em Lisboa
Ventura quer que mp investigue se houve pressões da rússia no caso dos ativistas
André Ventura. Foto: Paulo Jorge Magalhães / O MINHO

O presidente do Chega disse hoje, em Santarém, que o Ministério Público deve investigar se existiram pressões para que tenham sido facultados dados pessoais de ativistas russos a Moscovo e pediu que Fernando Medina tire “consequências políticas desta situação”.

André Ventura, que participou hoje num protesto contra a “discriminação da tauromaquia”, em frente à Praça de Toiros de Santarém, afirmou que não basta ao presidente da Câmara de Lisboa, o socialista Fernando Medina, dizer que “cometeu um erro burocrático” e “continuar com o seu mandato exatamente nos mesmos termos”.

Para o líder do Chega, o Ministério Público deve investigar “se houve aqui pressões internas ou externas em relação a esta matéria” e perceber “porque é que Lisboa facultou estes dados à Rússia”, país que, disse, “tem uma grande influência em alguns Estados da União Europeia”.

Por outro lado, disse, é preciso perceber se Fernando Medina “vai ou não tirar consequências políticas desta situação”.

“É isso que vamos exigir”, afirmou.

Sobre a sua presença na manifestação que reuniu várias centenas de pessoas em frente à Monumental Celestino Graça, Ventura afirmou que quis mostrar que está “ao lado das tradições portuguesas”, de uma “parte do país [que] também tem direitos”.

“Estamos aqui porque não podemos calar esta tremenda injustiça que há em relação à tauromaquia, ao facto de se querer esquecer o mundo rural”, disse, considerando “incompreensível” que este seja “posto de lado em relação ao que é a cultura portuguesa”.

O protesto visou dar conta da insatisfação com as determinações da Saúde Pública, que, perante a venda de bilhetes para uma ocupação de 50% da praça, exigiu a apresentação de testes negativos à covid-19 por parte dos espetadores para as corridas agendadas para hoje e para domingo na Monumental de Santarém.

A associação Praça Maior, que organizou as corridas que faziam parte do programa da Feira Nacional da Agricultura, anunciou o adiamento dos espetáculos para data a anunciar, criticando a atuação da Unidade de Saúde Pública de Santarém.

Em particular, criticou o facto de ter sido emitido um parecer, na passada sexta-feira, que limitava a 3.500 lugares a lotação da praça, classificando esta como um recinto ao ar livre e não como sala de espetáculos, e de, após várias reuniões, a Autoridade de Saúde ter aceitado a ocupação a 50%, mas exigindo, a menos de 48 horas, a apresentação de testes negativos à covid, o que a organização entendeu não ter condições para fazer cumprir.

 
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