Ventura elogia “coragem” de Teixeira por trocar PSD pelo Chega em Viana

Foto: Joca Fotógrafos / O MINHO

O líder do Chega, André Ventura, esteve esta quarta-feira em Viana do Castelo onde participou num almoço/comício no restaurante Scala, deixando elogios à “coragem” do ainda vereador eleito pelo PSD Eduardo Teixeira por ter trocado de partido.

Discursando, o líder do Chega deixou uma palavra ao cabeça-de-lista pelo Alto Minho e agradeceu-lhe a “coragem e a disponibilidade” de ter trocado o PSD (partido pelo qual chegou a ser eleito deputado) pelo Chega.

Teixeira, há precisamente um mês, anunciou a desfiliação do PSD em Viana do Castelo para encabeçar como independente a lista do Chega às eleições legislativas antecipadas de 10 de março por este círculo eleitoral.

A acompanhar o ex-PSD nas listas do Chega pelo Alto Minho estão, em segundo Natividade Barbosa, de Caminha, e em terceiro António Laranjo, de Ponte de Lima.

Num restaurante cheio, André Ventura defendeu a necessidade de um “programa nacional de apoio à agricultura e pesca, que inclua a redução para menos de metade das taxas sobre a agricultura, uma redução do gasóleo agrícola e uma redução dos impostos sobre os adubos e os fertilizantes”.

Depois de na terça-feira ter proposto aos partidos à direita um pacto para a imigração, voltou hoje ao tema, insistindo numa resposta, e fez questão de afirmar que “o Chega nunca esteve contra estrangeiros nem contra imigrantes”, mas recusou “aos outros o que não damos aos nossos em primeiro lugar”.

O presidente do Chega recusou também que a sua mensagem seja classificada como racismo ou xenofobia.

“É perfeitamente razoável que num país cuja Segurança Social já não consegue pagar pensões decentes aos reformados e dar azo às dificuldades do país, que quem procura Portugal tenha de descontar antes de começar a receber subsídios”, defendeu.

Segundo um relatório anual do Observatório das Migrações publicado em dezembro do ano passado, os imigrantes foram responsáveis em 2022 por um saldo positivo de 1604,2 milhões de euros da Segurança Social.

De acordo com o texto, intitulado “Indicadores de Integração de Imigrantes, Relatório Estatístico Anual 2023”, a relação entre as contribuições dos estrangeiros e as suas contrapartidas do sistema de Segurança Social português, ou seja, as prestações sociais de que alguns beneficiam, nos anos de referência deste relatório, “continua a traduzir um saldo financeiro bastante positivo”.

Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar em 10 de março para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.

 
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