Vendas de veículos da Renault caem 21,3% em 2020 devido à covid-19

Economia

O grupo Renault registou uma queda de 21,3% nas vendas mundiais em 2020, menos 2.949.849 veículos, devido à pandemia de covid-19, em particular nos seus principais mercados como a França, Espanha e Itália.

O grupo anunciou hoje que o colapso na Europa foi de 25,8% (até 1.443.917 veículos), com uma queda de 23,3% no mercado interno francês (até 535.591 unidades).

O diretor comercial, Denis le Vot, explicou em conferência de imprensa que “se tudo correr bem” -especialmente com a pandemia de covid-19-, as matrículas na Europa podem aumentar 10-15% este ano, sobretudo tendo em conta que os pedidos no final de dezembro foram 14% superiores do que em 2019.

No entanto, Denis le Vot reconheceu que vão ser precisos “vários anos” para recuperar o nível de 2019.

Fora da Europa, o outro grande revés para a Renault foi registado na América Latina, onde as matrículas caíram 38,6% no total, para 260.478 veículos, sendo no Brasil mais significativo com uma redução de 45% para 131.486 unidades.

Na Rússia, que é o segundo mercado em volume de vendas, as matrículas em 2020 caíram 5,5%, para 480.591 veículos. O grupo francês era líder neste país com uma quota de mercado que melhorou 1,2 pontos percentuais, para 30,1%.

Na Índia, as vendas caíram 9,4%, para 80.518 veículos, quando globalmente caíram 18,8% no país, o que permitiu aumentar a sua participação de mercado em 0,3 pontos para 2,8%.

Na China, o maior mercado mundial em volume, a Renault caiu 13,3%, para 155.728 veículos.

A Coreia do Sul marcou o contraponto do cenário geral do ano passado, com um aumento nos registos da marca local Renault Samsung Motors de 14,2%, para 95.939 unidades.

Das duas principais marcas do grupo francês, a que mais sofreu em 2020 foi a ‘low-cost’ Dacia, com uma queda de 29,2% (520.765 veículos), enquanto a Renault perdeu 24,1% (1.787.121).

Os veículos elétricos da Renault tiveram um grande aumento, com 115.888 matrículas de veículos na Europa (+ 101,4%), onde confirmou a sua liderança.

Estes veículos, categoria que também inclui os híbridos, representaram 10% das vendas da Renault em 2020, face aos 3% em 2019.

O CEO, Luca de Meo, destacou em comunicado que a Renault privilegia “a rentabilidade sobre o volume de vendas, com uma margem unitária líquida superior por veículo, e isso em cada um dos nossos mercados”.

Luca de Meo vai apresentar o novo plano estratégico, denominado Renaulution, na próxima quinta-feira.

 
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