Vendas da Renault caem 9,4% em 2022 devido à escassez de semicondutores

Vendeu 1.466.720 veículos em todo o mundo no ano passado

A Renault vendeu 1.466.720 veículos em todo o mundo no ano passado, menos 9,4% face a 2021, o que se deveu sobretudo às dificuldades de produção motivadas pela escassez de semicondutores, anunciou hoje a empresa.

Nos tradicionais mercados europeus, as vendas situaram-se nas 832.605 unidades, menos 6,4% em termos homólogos e a uma perda de quota de mercado de 0,7 pontos percentuais, esclarece a marca em comunicado.

A Renault explica ainda que as maiores dificuldades de produção ocorreram na Europa, situação a que se associou a conjuntura económica geral, o que levou a marca a ter quedas de 15% em França (335.971 unidades), 25% na Alemanha (100.338), 19% na Itália (72.442) e 10% na Espanha (65.507).

Este contratempo foi parcialmente compensado por alguns aumentos de vendas fora da Europa, e em particular na América Latina, onde a Renault vendeu 283.116 veículos, mais 8% que em 2021, com os aumentos a chegarem a 26% no caso da Argentina (44.696) e a subirem 30% no México (36.598).

Quanto a Marrocos, por sua vez, a Renault registou um crescimento homólogo de 11%, para 26.385 veículos.

O comunicado refere ainda que no período em apreço a Renault procurou reforçar a sua posição nas tecnologias de veículos elétricos e eletrificados (incluindo híbridos), que em conjunto representaram 228.000 unidades no ano passado, isto é, mais 12% do que em 2021.

O administrador para a área operacional da marca, Fabrice Cambolive, citado no comunicado, mostrou-se otimista quanto a “um regresso ao crescimento”, mas realçou que tal será feito “não de qualquer maneira”, mas “de forma equilibrada” para assim se alcançar um “crescimento rentável”.

Na videoconferência sobre os resultados da Renault, Cambolive disse ainda que em 2022 a marca “vendeu tudo o que produziu”, apesar dos problemas logísticos, nomeadamente no último trimestre do ano fiscal.

Realçou que “a produção está a melhorar gradualmente” e que esta tendência deverá continuar este ano, acrescentando que está “otimista quanto à capacidade [da marca] resolver” os problemas logísticos.

 
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