Declarações após o jogo Moreirense-Tondela (2-3), da 27.ª jornada da I Liga de futebol, disputado hoje no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos:
– Vasco Seabra (treinador do Moreirense): “Foi uma entrada péssima da nossa parte. Não é habitual entrarmos com displicência. Estamos frustrados por causa disso, mas temos de valorizar os 78 minutos seguintes. Provavelmente, foram os melhores dos últimos jogos.
O nosso volume de jogo permitiu reduzir para 3-2 e ainda ter duas oportunidades para chegar ao empate na primeira parte. No segundo tempo, construímos mais três situações claras e poderíamos ter sido ainda mais criadores para reentrar na luta pela vitória.
Quisemos acalmar os 10 minutos seguintes àqueles primeiros 12, que foram realmente muito maus. Equacionámos se deveríamos mexer, mas a equipa foi respondendo em termos individuais e coletivos e não sentimos essa necessidade de fazer trocas.
Os três golos sofridos não têm a ver com a organização coletiva, mas com momentos simples que podemos resolver de outra forma. Não esquecer que teremos oito jogos no espaço de um mês e essa batalha dura vai implicar que todos sejam necessários.
Acredito que a equipa está competitiva e competente e que dará uma boa resposta no próximo jogo. Temos um plantel equilibrado e este será o momento de os jogadores sentirem que, com jogos de quatro em quatro dias, temos de gerir o esforço deles.
A forma como trabalhamos todos os dias dá-nos a confiança de que vamos terminar bem e com um jogo apelativo, mas agressivo e intenso, tal como é nosso apanágio”.
– Pako Ayestarán (treinador do Tondela): “Claramente relançaram [as duas vitórias consecutivas alcançadas fora de casa], porque estávamos a carregar um enorme peso nas costas e fomos capazes de eliminar esse bloqueio mental com dois grandes jogos.
Creio que o início deste jogo é inesquecível. Fomos muito eficazes em cada chegada à baliza contrária e chegámos ao 3-0. A partir daí, o adversário respondeu num canto, acreditou e melhorou a saída de bola. Custou-nos a adaptar e acabaram por fazer o 3-2.
No segundo tempo, houve alturas em que tivemos de sofrer, porque não fomos capazes de ter bola e queríamos continuar a chegar muito rápido à baliza contrária, apesar de já ser mais difícil. Com as substituições conseguimos equilibrar o jogo e segurar a vitória.
A manutenção depende do que fizermos nas próximas jornadas. Parece que estamos perto de conseguir o objetivo, mas também depende dos adversários. Os jogadores pediram-me folga amanhã [domingo], mas disse-lhes que não era o momento certo.
É o momento de finalizarmos o trabalho e depois teremos tempo. O Tondela não pode pensar que tem a permanência garantida, porque já se viram coisas estranhas. Sabemos que estamos a fazer as coisas bem, mas há que recuperar e pensar no próximo jogo.
Logicamente, o Mario González tem sido muito importante para nós e já marcou 12 golos, mas também foram importantes as assistências do Roberto Olabe e do Jhon Murillo. A sua atuação foi muito boa, mas somos uma equipa e não podemos depender de um jogador”.