A Câmara de Valença aprovou o início do processo de classificação dos seis Fortins Térreos Abaluartados das Guerras da Restauração e dois cruzeiros do Caminho Português para Santiago de Compostela como Património de Interesse Municipal.
Em comunicado, a autarquia adianta que em causa estão os fortes de São Jorge, na freguesia da Silva, de São Luís Gonzaga, em São Pedro da Torre, do Tuído, em Gandra, de São Francisco na Balagota, em Gandra, de Belém, em Arão, e o da Gingleta, em Verdoejo.
“A abertura deste processo de classificação segue-se a um intenso trabalho de inventariação e acordo com os proprietários para intervenções de limpeza parcial e total dos recintos. Estas intervenções permitiram um levantamento topográfico e com o sistema Lidar que proporcionaram leituras detalhadas destas estruturas fortificadas térreas. Está prevista, também, a criação de uma zona de proteção, no âmbito do novo PDM – Plano Diretor Municipal”, pode ler-se no comunicado.
A autarquia salienta que “estas fortificações são testemunho da época das Guerras da Restauração e tiveram um papel fundamental na complementaridade da defesa e ataque da Praça-Forte de Valença e de toda a linha de fronteira”.
Em reunião de Câmara, o executivo municipal aprovou, também, a abertura da classificação como Património de Interesse Municipal do Cruzeiro do Senhor dos Aflitos e do Cruzeiro do Senhor dos Caminhos, dois testemunhos e marcos simbólicos identitários do Caminho Português para Santiago de Compostela.
O Cruzeiro do Senhor dos Caminhos, em Fontoura, é “um testemunho de proteção aos peregrinos mais singulares deste traçado jacobeu”.
O Cruzeiro do Senhor dos Aflitos, também em Fontoura, é “uma das principais marcas jacobeias deste traçado secular com o cajado e a vieira representados na fuste do cruzeiro”.