O Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) do Rio Minho, constituído por municípios do Alto Minho e da Galiza, anunciou esta terça-feira a realização, em Valença, de um fórum que servirá para definir a estratégia conjunta do território.
O I Fórum do Rio Minho, apresentado hoje publicamente naquela cidade do Alto Minho, irá decorrer dia 21 na Escola Superior de Ciências Empresariais (ESCE), integrada no Instituto Politécnico de Viana do Castelo.
O encontro servirá para dar “conhecer as primeiras conclusões e estudos preliminares sobre a elaboração da estratégia de cooperação inteligente do rio Minho transfronteiriço”.
O AECT Rio Minho, com sede em Valença, abrange um total de 26 concelhos: dez da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho e 16 concelhos galegos da província de Pontevedra com ligação ao rio Minho.
Hoje, na apresentação daquele encontro conjunto, o presidente da Câmara de Valença, Jorge Mendes, apelou “à participação ativa dos agentes do território neste processo de planeamento estratégico”, destacando “a oportunidade que o trabalho conjunto pode ter na avaliação do grau de aplicação das verbas do programa comunitário INTERREG nas regiões fronteiriças”.
Já para o diretor do AECT rio Minho, Uxío Benítez, destacou “a relevância deste documento para o acesso do território a novos financiamentos através de candidaturas aos Fundos de Europeus de Desenvolvimento (FEDER), a partir de 2020”.
Referiu que o I Fórum do rio Minho transfronteiriço “será mais um passo e, de grande importância, na elaboração da Estratégia de Cooperação Inteligente do Rio Minho Transfronteiriço”, documento que, destacou, “estabelecerá os eixos gerais e objetivos específicos para um desenvolvimento conjunto baseado na utilização e promoção dos recursos endógenos, e na cooperação inteligente entre atores institucionais e sociais de ambas as margens do rio”.
Uxío Benítez afirmou que aquele encontro será “um espaço que servirá para dar voz a todo o tecido social e económico do território, ouvindo as suas propostas e ideias”, considerando “fundamental a participação dos cidadãos”.
“Só assim será possível elaborar um documento que recolha todas as inquietudes da sociedade civil”, reforçou.
A diretora da Fundação – Centro de Estudos Euro Regionais, (FCEER), Valerià Paül Carril, estrutura que integra seis universidades envolvidas na elaboração da estratégia conjunta do agrupamento, também sublinhou a importância da “participação pública”, referindo estar “prevista a realização de processos participativos através das redes sociais e de uma página criada na internet (www.smartminho.eu)”.
Aquele agrupamento “tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento socioeconómico e da coesão institucional do território de intervenção, para a promoção do património cultural e natural transfronteiriço, para a valorização das potencialidades dos seus recursos endógenos, e para a criação e consolidação da marca turística transfronteiriça rio Minho e outras marcas no âmbito nacional e internacional”.