O Executivo municipal debate e vota esta quinta-feira, em reunião, uma proposta de abertura de procedimento para a criação do Regulamento do Museu de Braga, uma estrutura que vai integrar a Casa dos Crivos – Galeria Municipal, o Museu da Imagem, o Museu da Fábrica Confiança e o Centro Interpretativo do Romano.
O documento propõe o desenvolvimento do Museu “seguindo os princípios dos museus de identidade territorial, e neste caso específico, com uma estrutura polinucleada”.
“O Museu de Braga que permitirá uma abordagem abrangente ao património material e imaterial do concelho surgiu no âmbito da estratégia cultural de Braga 2020-2030, que culminou no reconhecimento no projeto Braga’25, Capital Portuguesa da Cultura, em que a cidade assumiu uma centralidade cultural a nível regional, mas também a nível nacional e internacional”, diz o documento.
E afirma, ainda: “O projeto museológico é o primeiro resultado da Braga’25, que consolida um projeto cultural com a cidade e com o território, onde se constrói a cultura com todos os parceiros e agentes culturais”.
Braga’25, – acrescenta – “abriu a porta da cidade para um novo polo cultural a Norte, promove circuitos menos óbvios e mediatizados e redefine os espaços museológicos da cidade tendo por base de reflexão o anteprojeto MALHA – Rede de Equipamentos Culturais de Braga”.
Museu de território
Neste sentido, “considera-se que a estrutura que melhor pode dar resposta às necessidades do município, da cidade e do território é um museu de estrutura polinucleada que tem por base as reflexões e os princípios dos museus de território, indo, assim, ao encontro dos princípios definidos pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N)”.
A sua missão – adianta a proposta – “centra-se na investigação, preservação e promoção do património cultural do concelho e do “território-museu”, fortalecendo a identidade local e regional e fomentando a democratização cultural”.
Assume-se como “um laboratório de narrativas emergentes para o desenvolvimento territorial, promovendo a participação das comunidades e o cruzamento entre inovação e contemporaneidade”.
E, a concluir: “O Museu de Braga procura implementar uma metodologia de ação no território, colaborativa e participativa envolvendo todos os públicos, desde os mais generalistas ao público especializado. A estrutura polinucleada, em tese, é uma estrutura em rede”.