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Utente de lar de Famalicão voltou a jantar com o filho sete meses depois
Hábito familiar quebrado em março por causa da pandemia
Emília, utente do Lar-Residência Mundos de Vida, em Famalicão, voltou a jantar com o filho Miguel sete meses depois de a pandemia ter impedido esse hábito familiar.
Em nota partilhada na sua página de Facebook, a instituição explica que naquele lar os familiares podiam ali “almoçar e jantar sem ter de marcar” e que “o Miguel vinha quase todos os dias jantar com a mãe (e a irmã Vera também muitas vezes)”.
Mas, entretanto, a pandemia impediu esse momento de confraternização. “Em março tudo mudou. Voltou a fazer visitas, a partir de maio, mas nunca mais puderam ter aqueles momentos de família, à volta da mesa”, relata a Mundos de Vida, localizada em Lousado, acrescentado que lhes propôs voltarem a jantar juntos antes que viesse o tempo mais frio e começasse a chover.
Emília e o filho Miguel jantam juntos sete meses depois. Foto: Mundos de Vida / Facebook
O que aconteceu esta quinta-feira. “Como no nosso Lar-Residência temos amplas varandas que rodeiam todas as salas e quartos, organizamos um jantar especial. Uma mesa na sala e outra mesa lá fora, frente a frente, com a porta-janela fechada pelo meio”, explica a instituição, realçando que os familiares já estão habituados a visitas na varanda, usando auscultadores profissionais.
Emília e o filho Miguel jantam juntos sete meses depois. Foto: Mundos de Vida / Facebook
“Assim, puderam jantar e conversar ao mesmo tempo. Foi o primeiro que fizemos. Não só foi um momento de família, como animou muito os outros residentes e todas as colaboradoras, enchendo de alegria o fim da tarde”, sublinha a Mundos de Vida.
A organização esteve a cargo de uma jovem técnica auxiliar de saúde, de 18 anos, chamada Cláudia.
Agora, o lar está a planear para Vera, a outra filha de Emília, um pequeno-almoço de domingo (estilo brunch).
“A Pandemia está a ser difícil para todos. O segredo é aproveitar os momentos que temos (ou inventá-los) para estarmos juntos”, aponta a Mundos de Vida, encorajando os familiares a visitarem os idosos.
Emília e o filho Miguel jantam juntos sete meses depois. Foto: Mundos de Vida / Facebook
“Para um coração forte, não é uma janela de vidro que há-de separar-nos. Vale a pena vir sempre, mesmo que não seja como dantes. Os olhos e as palavras (e o carinho que mostram) chegam para manter o ânimo de quem já fez um longo caminho. Estar com alguém que tem mais de 80 ou 90 anos tem sempre um grande significado. Faz aliás toda a diferença. Vai encher o coração e o dia de quem cuidou e se sacrificou por nós quando éramos pequenos e nos amou uma vida inteira”, conclui.
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