Um caixão e uma urna de pequenas dimensões estiveram quase a descoberto durante dois dias devido a um enterro mal efetuado em Vila Praia de Âncora, adiantou a Rádio Vale do Minho.
A consternação levou a que alguns autarcas mostrassem a sua insatisfação, tal como os eleitos do PS da assembleia local que se revelam preocupados com as “notícias vindas a público que dão conta de uma situação grave ocorrida no cemitério da vila que levou a que um caixão e uma pequena urna estivessem a descoberto, durante dois dias, com todas as consequências emocionais para a família e com a criação de riscos sanitários desnecessários.”
“É preciso que haja consequências para os responsáveis por uma situação tão lamentável e esclarecimento porque é urgente saber o que é que a Junta de Freguesia está a fazer para que estes factos não se venham a repetir”, finalizam.
O presidente da junta desdramatiza a situação apontando que “o funcionário deitou umas pazadas de terra em cima e enterrou o caixão”, realçando que choveu nesse mesmo dia.
Carlos Castro continua afirmando que “no dia seguinte, os familiares da pessoa falecida regressaram ao cemitério e viram que o trabalho não estava concluído. Fui até lá e a urna não estava à vista. Tinha era pouca terra. Fiquei magoado e chateado com o que vi”. Mais tarde, realça, “vieram outros funcionários e o trabalho ficou concluído”.
O funcionário responsável pelo enterro inicial será alvo de processo disciplinar.
“Sabemos que ele não se encontrava nas melhores condições emocionais na altura devido ao falecimento recente de familiar próximo. Não anda bem psicologicamente. Nunca nestes anos todos tivemos qualquer reclamação. Já levantamos o processo disciplinar e veremos qual a sanção que iremos aplicar ao funcionário”, finalizou.