O presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) anunciou hoje uma “intervenção estrutural de fundo” na urgência do hospital de Viana do Castelo num investimento superior a 1,2 milhões de euros.
“É uma intervenção estrutural de fundo que não existiu desde 1984”, afirmou Frankelin Ramos aos jornalistas no final de uma reunião de trabalho com o ministro da Saúde.
O responsável não apontou prazos para o início da empreitada por se tratar de uma intervenção “complexa”. No entanto, disse que “tudo será feito para que a empreitada comece ainda este ano”.
“Vamos fazer as obras com o serviço de urgência em funcionamento. Tem que ser feita uma programação das obras de forma faseada. Ficou definido nesta reunião que as obras seriam concluídas durante o período de um ano”, referiu.
Frankelin Ramos afirmou que outra das obras “mais urgentes” que hoje ficou definida na reunião de trabalho com o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e com o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, prende-se com a requalificação da Unidade Cuidados na Comunidade (UCC) do centro de Viana do Castelo.
A ULSAM integra os hospitais de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima, além de 13 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, servindo uma população residente superior a 250 mil pessoas.
Além remodelação do serviço de urgência do hospital de Santa Luzia, em Viana de Castelo, o ministro Adalberto Campos Fernandes, que visitou a unidade sem a presença dos jornalistas, apontou os investimentos “na modernização de equipamentos, no capital humano e nas respostas dos cuidados de saúde primários e nos cuidados continuados integrados”.
“Esta região tem hoje 99% da população coberta com médico de família. É uma das regiões do país com maior capacitação nessa área”, disse Adalberto Campos Fernandes.
O governante anunciou ainda a abertura, em Paredes de Coura, de uma nova Unidade de Cuidados Continuados (UCC) com capacidade para 50 camas, referindo que com a abertura, em agosto, de uma unidade idêntica em Melgaço a região fica dotada com 660 camas nesta área.
“Foi uma magnífica jornada de trabalho. O Ministério a Saúde está muito reconhecido pelo trabalho que esta equipa tem feito”, disse.
Também presente da reunião com o ministro da Saúde, o presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho, José Maria Costa considerou que a reunião de trabalho foi “muito positiva” manifestando-se confiante que “o ministro da Saúde vai encontrar, dentro dos enquadramentos possíveis, a capacidade de resposta para que a ULSAM possa prestar os melhores cuidados de saúde às populações”.
O modelo de financiamento da ULSAM “que atribui à região a capitação mais baixa de todo o país” e a “não afetação de verbas do atual quadro comunitário de apoio para investimentos prioritários” foram as principais dificuldades apontadas pelo também autarca de Viana do Castelo.
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