As obras de remodelação e ampliação do Serviço de Urgências do Hospital de Guimarães deverão arrancar este ano, num investimento de 1,5 milhões de euros, estando a conclusão prevista para finais de 2017, informou, esta quinta-feira, fonte da administração.
O presidente do Conselho de Administração daquele hospital, Delfim Rodrigues, sublinhou que aquela era uma intervenção “desejada” há cerca de década e meia.
“Nunca tinha sido possível avançar com a obra porque, até 2014, o hospital esteve sempre em situação financeira líquida negativa”, explicou.
Disse que o projeto da obra está pronto e vai ser submetido à apreciação da Comissão de Coordenação do Desenvolvimento Regional do Norte, após o que será lançado o concurso público internacional para a empreitada.
A remodelação Serviço de Urgências e a criação de “condições dignas” para tratar os utentes é uma das principais reivindicações da petição, promovida pela Comissão de Utentes do Hospital de Guimarães, que vai ser debatida a 20 de julho em plenário, na Assembleia da República.
“É uma reivindicação que já não tem razão de ser, uma vez que as obras vão mesmo avançar”, disse Delfim Rodrigues.
Outra reivindicação da petição é a revogação da Portaria n.º 82/2014, de 10 de abril, que, segundo a Comissão de Utentes, “desclassifica o Hospital de Guimarães” e retira-lhe serviços e valências.
Para Delfim Rodrigues, também esta reivindicação está “desatualizada”, uma vez que aquela portaria “já está tacitamente revogada”.
O administrador garantiu que, nos últimos anos, o hospital não perdeu qualquer valência ou serviço.
“Pelo contrário, algumas especialidades foram reforçadas, como é o caso da Cardiologia, que hoje mesmo inaugurou uma nova unidade de cuidados intensivos”, sublinhou.
Afirmou ainda que, ao invés do que é referido na petição, o Hospital de Guimarães “é dos que tem menores tempos de espera em todo o país”.
A petição foi subscrita por 4.660 pessoas e deu entrada no Parlamento a 27 de novembro de 2015.
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