Conselho Geral da Universidade do Minho aprovou esta segunda-feira requerer ao Governo a passagem da instituição a fundação, um regime que “aumenta a autonomia de gestão” e poderá ser “mais vantajoso” no encontro de “fontes alternativas” de financiamento.
Em declarações, após a reunião do Conselho Geral, o reitor da Universidade do Minho (UMinho), António Cunha, explicou que a passagem a fundação já tinha sido decidida por aquele órgão, em 2011, pelo que hoje houve uma “reconfirmação” do desejo da academia, aprovada por maioria absoluta dos membros do conselho com 12 votos a favor e oito contra.
Segundo explicou António Cunha, cabe agora ao Governo concretizar a passagem ao regime ao fundacional da UMinho, medida que o reitor acredita que não ficará comprometida com uma mudança, ou não, de partidos no Governo.
“O aumento da autonomia de gestão institucional, foi fundamentalmente isso que levou a UMinho a apostar na mudança de regime jurídico”, afirmou Cunha.
Além da autonomia, o responsável pela academia minhota apontou como vantagem a “flexibilidade” do regime agora pretendido para o encontro de fontes alternativas de financiamento.
“No futuro próximo, o encontro de fontes alternativas de financiamento, que já é importante, vai ganhar mais peso nas nossas difíceis condições financeiras e, na interação com o tecido económico, o modelo fundacional é um modelo mais vantajoso, mais protegido e que leva potenciais financiadores a sentirem mais confiança porque está mais protegido de eventuais intervenções do Estado, que normalmente os privados não vêm com bons olhos”, referiu.
Agora, explanou o reitor, cabe ao Governo a efetivação do desejo da UMinho.
“Quem cria este tipo de fundações é o Governo. Nós reiteramos agora o nosso desejo mas terá que ser o Governo a concretizar, por decreto-lei, a mudança de regime. Nos últimos meses houve conversações com o Governo e este apoia o projeto”, disse.
António Cunha mostrou ainda confiança que uma eventual mudança no Governo, decorrente das eleições legislativas de 04 de outubro, não irá atrasar o processo de passagem da UMInho a fundação.
“Temos um processo eleitoral próximo, mas o PS também tem explicito no seu programa de Governo o modelo fundacional para as instituições do Ensino Superior, pelo que não creio que haverá entraves”, referiu.