A Universidade de Barcelona vai elaborar o processo de candidatura do estuário do rio Minho a Paisagem Cultural da Unesco, um projeto conjunto lançado em novembro de 2015 pelas câmaras de Caminha e La Guardia, Galiza.
Em comunicado, a autarquia portuguesa adiantou que a colaboração do Laboratório de Património e Turismo Cultural (LABPATC) da Universidade de Barcelona vai ser formalizada na quinta-feira nas instalações da Câmara de La Guardia, às 11h00 (hora portuguesa).
Além daquele estabelecimento de ensino superior, o protocolo de colaboração a assinar abrange ainda a Rede do Património, Turismo de Desenvolvimento Sustentável (Ibertur).
Com aquele acordo a Universidade de Barcelona, “fica encarregada da gestão do processo, fornecendo o suporte profissional e a assistência técnica necessários para o desenvolvimento do programa de investigação, formação e desenvolvimento do projeto”.
Em novembro de 2015, o autarca de Caminha, Miguel Alves e António Lomba Baz, alcaide La Guardia, assinaram um memorando de entendimento que deu início ao projeto conjunto de candidatar do estuário daquele curso internacional de água a Paisagem Cultural da Unesco.
“É uma grande aposta dos dois municípios que acreditam que a riqueza histórica, cultural, paisagística, ambiental, económica, etnográfica e humana desta zona comum são condições suficientes para o sucesso do projeto, que é possível graças às excelentes relações entre La Guardia e Caminha e ao espírito de colaboração reforçado ao longo dos últimos dois anos”, acrescentou o comunicado.
Para os dois municípios vizinhos, a Universidade de Barcelona “é o parceiro ideal para este projeto, uma vez que integra o grupo restrito de cinco universidades, a nível mundial, que têm convénio com o Centro de Património Mundial da Unesco”.
Brandemburgo – Cottbus (Alemanha), Dublin (Irlanda), Turim (Itália) e Tsukuba (Japão) são os outros estabelecimentos de ensino superior com essa competência.
Na nota, a Câmara de Caminha adiantou que atualmente 1.031 sítios e lugares detêm o estatuto de “Património Mundial”, dos quais 802 são de caráter cultural, 197 naturais e 32 mistos.
“Porém, só existem quatro paisagens cultuais com caráter transfronteiriço nestes números, relativos às fronteiras entre Espanha e França, Áustria e Hungria, Alemanha e Polónia e Rússia e Lituânia”, sustentou.
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