O Bom Jesus do Monte, em Braga, vai ser alvo de obras de requalificação orçadas em 2,3 milhões de euros, tidas como obrigatórias para garantir a manutenção da classificação, pela Unesco como Património Mundial, foi hoje anunciado.
Na sessão de assinatura do contrato para as obras, o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, lembrou que a classificação não foi vitalícia, antes obriga a um conjunto de responsabilidades e intervenções de valorização para que seja mantida.
“São intervenções exigidas pela Unesco”, frisou.
O autarca salientou ainda a necessidade de intervir para salvaguardar todo aquele património, sublinhando que a Basílica do Bom Jesus e o espaço envolvente constituem “o maior cartão de visitas turístico” de Braga.
Disse que, em sede da revisão do Plano Diretor Municipal, que está neste momento em curso, houve a preocupação de “conter a capacidade de expansão urbanística”, para salvaguardar a zona de proteção do Bom Jesus.
A intervenção que agora vai decorrer consiste, desde logo, a requalificação da Casa dos Correios, que inclui a criação de um centro interpretativo do Bom Jesus.
Por outro lado, será valorizado a zona inferior do elevador, com obras no apeadeiro e com a criação de um espaço interpretativo dedicado ao típico funicular.
Outra intervenção prevista é a reabilitação do Jardim de Camilo, evocativo do autor de Amor de Perdição.
Segundo o vice-presidente da Confraria do Bom Jesus, Varico Pereira, estas intervenções poderão começar em novembro, tendo uma duração estimada de oito meses.
Entretanto, arrancaram já os trabalhos de colocação de nova sinalética por todo o espaço.
Esta será a terceira fase da requalificação do Bom Jesus, que foi classificado como Património da Humanidade há precisamente seis anos.