Já pode ser visitado no Espaço Arte da Alumni Medicina, localizado no átrio da Escola de Medicina da Universidade do Minho, o Museu LGBTQIAP+. A exposição, que vai estar no local durante todo o mês de junho, conta a história da comunidade a partir de grandes temáticas.
“O intuito do museu também é fazer com que as pessoas tenham acesso à informação de forma rápida e fácil, e a partir daí procurar mais. Obviamente, o nosso núcleo está disponível para ajudar as pessoas a obterem este acesso”, disse Bruno Dias, estudante do terceiro ano de Medicina e membro do Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Minho (NEMUM), a O MINHO.
A ideia de fazer algo durante o mês do orgulho surgiu em janeiro, quando entrou a atual administração do NENUM. No entanto, como é época de exames, alguns tipos de atividades ficariam mais limitadas, mas uma exposição seria viável.
“Depois de algum tempo de reflexão, concluímos que a nível mundial, a história da comunidade LGBTQIAP+ acaba por passar um bocado despercebida, e ainda mais em contexto nacional. O museu seria um tributo e uma homenagem a estas pessoas que lutaram e ainda lutam pelos direitos da comunidade”, explicou Bruno.
Inicialmente, o grupo pensou em fazer a exposição de forma cronológica, mas depois chegou-se à conclusão de que que seria mais interativo organizar por grandes temáticas. Um deles era a saúde, até pelo contexto da escola de Medicina, e outras questões como casamento e adoção, a construção da bandeira que simboliza a comunidade, e depois uma parede mais cultural e artística, com curtametragens, poemas e outras obras que foram publicadas por pessoas que apoiam ou pertencem à comunidade.
“A ideia surgiu de criar uma homenagem à comunidade, e uma reflexão da história da comunidade, para educar no presente e perspetivar o futuro”, refletiu o jovem de 22 anos.
O museu foi pensado e elaborado para o mês do orgulho, e está disponível para qualquer visitante. Como não é possível ficar no local permanentemente, ainda não se sabe se vai haver alguma utilização futura, mas a organização entende que, uma vez que o trabalho foi feito, pode ser aproveitado para ser apresentado em outros locais.