A Universidade do Minho e a Câmara de Braga querem requalificar o Convento de S. Francisco de Real, em Braga, para tornar o complexo num “polo de atração turística e cultural regional, nacional e internacional”, anunciou hoje a academia.
Em declarações à Lusa, o reitor da Universidade do Minho, (UMinho), Rui Vieira de Castro, explicou ser objetivo da instituição instalar no Convento de S. Francisco “a sua unidade de Arqueologia” que, entre 2013 e 2017, tem vindo a “trabalhar em várias áreas para permitir a reabilitação do convento”.
Com este projeto, denominado “Conservação, Valorização e Promoção do Convento de São Francisco de Real, Braga”, que será levado a cabo em parceria com o município, a Direção Regional de Cultura do Norte e a Paróquia de Real, a UMinho quer “reforçar o impacto positivo” da academia na “sociedade e no território, consolidando a sua forte aposta na inovação social e cultural”.
“Este é um edifício que nos é muito caro, não só pelo potencial arqueológico e arquitetónico, mas também pelo impacto social, cultural e até turístico que pode ter na sociedade. O envolvimento da universidade neste projeto também reflete a nossa filosofia de contribuir para o desenvolvimento do território em que estamos instalados”, explicou Rui Vieira de Castro.
Depois de recuperado, o Convento de São Francisco de Real vai ser integrado num circuito de visita que contempla, também, o Mausoléu de S. Frutuoso e a Igreja de S. Francisco de Real.
O projeto pretende também “responder às expectativas da sociedade e ao desafio de valorizar os recursos endógenos das regiões e do país”, adiantou o reitor.
A Câmara de Braga, proprietária do complexo, vai assumir a candidatura ao financiamento pelo Programa Operacional Regional do Norte (Norte 2020).
Segundo a academia, o acordo quadripartido, que será assinado na terça-feira, “reflete a vontade conjunta das quatro instituições em promover o valioso património constituído pelos três edifícios, que corporizam um conjunto com elevado potencial para o desenvolvimento do turismo cultural e religioso”.
Após a recuperação do Convento de S. Francisco, a UMinho ficará responsável pela gestão do circuito de visita, que “tirará partido” do Mausoléu de S. Frutuoso, Monumento Nacional desde 1944, e da Igreja de S. Francisco de Real, que integra como bens móveis classificados o Cadeiral.
“Os impactos positivos que a investigação, conservação e valorização deste local terão no norte do país, e no reconhecimento de Braga como referência pelos padrões europeus e internacionais da recuperação arquitetónica e na arqueologia, vão afirmar a cidade como destino cultural e turístico de excelência”, considerou Rui Vieira de Castro.