UMinho atribui Prémio Victor de Sá a Carolina Henriques Pereira e Pedro Almeida Leitão

Investigadores de História Contemporânea
Foto: DR

O Conselho Cultural da Universidade do Minho acaba de atribuir, ex-aequo, o Prémio Victor de Sá de História Contemporânea 2024 aos investigadores Carolina Henriques Pereira (Universidade de Coimbra) e Pedro Almeida Leitão (Universidade do Porto), sendo a menção honrosa para André Carvalho (Universidade de Lisboa).

A cerimónia de entrega do galardão, o mais prestigiado para jovens investigadores da área em Portugal, realiza-se no dia 11 de dezembro, pelas 15:00, no Largo do Paço, em Braga.

A sessão vai contar com o presidente do Conselho Cultural da UMinho, Miguel Bandeira, entre outros convidados e mecenas.

Em comunicado, a academia minhota refere que esta 33.ª edição voltou a ter muitos participantes, na maioria com teses doutorais, “o que revela o prestígio da iniciativa e a vitalidade da historiografia portuguesa contemporânea”. 

O júri do prémio foi presidido pela professora Alexandra Esteves (UMinho), tendo como vogais os professores Fernanda Rollo (Universidade de Nova de Lisboa) e Cláudia Ribeiro (Universidade do Porto).

Carolina Henriques Pereira foi distinguida pela tese “Escapando à guerra e ao holocausto através de Portugal: refugiados nas zonas de ‘residência fixa’ da Região Centro (1940-1946)”. O trabalho detalha como, na sequência da II Guerra Mundial, o país recebeu centenas de refugiados judeus e não judeus, sobretudo em infraestruturas de localidades termais e balneares do Centro, que nesse período tinham perdido muitos turistas – Buçaco, Caldas da Rainha, Coimbra, Curia, Ericeira, Figueira da Foz e Luso.

Pedro Almeida Leitão foi laureado pela sua obra “Marcas registadas em Portugal (1883-1933)”. Nesses 50 anos iniciais do registo de marcas no país, percorre-se as estratégias comerciais dos setores que as adotaram, sobretudo o setor vinícola, que contribuiu para a defesa internacional das denominações de origem, garantindo proteção perante abusos do mercado.

A menção honrosa coube a André Carvalho e à sua tese “Correspondência de Assis Gonçalves para Salazar: a reinvenção de um tenente do ‘28 de maio’ e do ‘partido militar’ no pós-guerra”. O estudo analisou as cartas do primeiro secretário de Salazar desde quando foi aluno deste, bem como a sua capacidade no centro da intriga e conspiração política durante mais de 40 anos, ajudando a consolidar o poder do Estado Novo.

Este prémio foi instituído há 33 anos, com base numa doação do professor e historiador Victor de Sá (1921-2004), sendo reconhecido como de manifesto interesse cultural pela Secretaria de Estado da Cultura e apoiado também por mecenas públicos e privados. E

m edições anteriores foram laureados com o prémio vários investigadores que se tornaram uma referência, como Fernanda Rollo, José Neves, Miguel Cardina e Cláudia Ninhos.

 
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