A Universidade do Minho (UMinho) assinou esta semana em Braga, um memorando de entendimento com uma universidade do Cazaquistão, a The Akhmet Yassawi University, para intercâmbio científico e de estudantes, disse a O MINHO o embaixador em Portugal, Daulet Batrashev.
O diplomata revelou que o compromisso visa o desenvolvimento das relações institucionais nas áreas comuns de ensino e de investigação, com um foco particular nas áreas da Arqueologia e da Medicina.
O memorando – acrescentou – “prevê a troca de experiências entre as duas universidades, potenciada pela mobilidade académica de estudantes e docentes, assim como a realização de investigação e publicação de artigos científicos em conjunto”.
Criada em 1991, a IKTU é uma das mais reconhecidas universidades do país asiático, tendo sede na cidade do Turquestão, uma cidade santa para várias religiões e etnias. É composta por 10 faculdades que asseguram formação nas áreas das ciências naturais, humanas, económicas, jurídicas, sociais, médicas, de educação e arte. A sua comunidade estudantil é de 10 mil estudantes, possuindo ainda cerca de 70 mil alumni. Integra, ainda seis centros de investigação e uma escola profissionalizante.
Geminação e negócios
Na visita a Braga, o diplomata esteve com o presidente da Câmara local, Ricardo Rio, a analisar um processo de geminação com a cidade cazaque de Karaganda, cujo projeto é debatido, segunda-feira, em reunião de Câmara. Visa, nomeadamente, o estabelecimento de intercâmbios nas áreas da dinamização económica, comércio, cultura e turismo.
O diplomata adiantou que, no quadro dos contactos que tem desenvolvido no Norte, vai ser criado, e conforme O MINHO já havia noticiado, um consulado honorário e um centro de negócios em Guimarães, que darão informação às empresas sobre as possibilidades de investimento no país. Em preparação está a realização de missões empresariais portuguesas ao Cazaquistão e vice-versa.
“Temos trabalhado para incrementar as relações económicas e culturais e há já um bom leque de projetos a avançar”, sublinhou, frisando que teve contactos com empresas têxteis e com a Associação do Têxtil e do Vestuário, em Famalicão.
Quer abrir centro de cultura
A embaixada quer abrir, em 2021, um Centro Abay de Cultura do Cazaquistão em Guimarães ou Braga, para dar a conhecer as obras deste pensador e poeta, incluindo “O livro das palavras”, e dar informações sobre a história, cultura e tradições do povo cazaque.
No Cazaquistão existem já 19 parcerias empresariais com a participação de capital português: “no total, nos últimos 15 anos, o investimento português no Cazaquistão ascendeu a 250 milhões de dólares”, salienta o diplomata.