Declarações após o jogo da sétima jornada da I Liga de futebol entre SC Braga e Rio Ave (4-0), que decorreu hoje em Braga:
– Carlos Carvalhal (treinador do SC Braga): “Terceiro jogo [consecutivo], nove golos marcados, um sofrido. Hoje, foi uma vitória contra uma equipa de muito boa qualidade, difícil de bater, uma vitória robusta depois de uma quinta-feira europeia. Mantivemos o adversário sob pressão constante e isso não é fácil, é preciso correr muito.
O adversário teve uma boa reação e provocou grandes defesas ao Matheus, mas está lá também para isso. Esta equipa é muito jovem, jogadores que vieram de divisões inferiores, que estão a cometer menos erros, mas não tem sido fácil.
(Titularidade de Gabri Martínez) Temos vários jogadores à disposição e temos uma densidade competitiva grande. Precisámos de um jogador à esquerda que provocasse desequilíbrios ofensivamente e equilibrasse defensivamente e ele é fantástico nisso. Para cada jogo, há uma estratégia e temos que pensar no plantel na sua totalidade, essa gestão tem que ser feita para manter o grupo alerta.
A vitória pode dar confiança? Os golos são decisivos, marcam a diferença e condicionam todas as equipas. Se no Nacional tivéssemos feito mais golos, estaríamos a falar de outra forma. Quando se marca, a equipa fica com mais segurança. Os golos condicionam sempre as exibições e estamos numa parte evolutiva, tanto no ataque como na defesa. Há muito trabalho por fazer e há muito caminho para trilhar para sermos uma equipa ‘top’. Há muita malta jovem que precisa de carinho e do apoio dos adeptos, o conforto”.
– Luís Freire (treinador do Rio Ave): “O Braga entrou bem e criou-nos dificuldades, mas, após os primeiros 15 minutos, tivemos mais bola e numa dessas saídas conseguimos uma grande penalidade inequívoca, houve um pisão no nosso jogador, até o VAR viu e chamou o árbitro. Podia ter sido o 1-0 e o jogo podia ter sido totalmente diferente.
Não foi assinalado e, numa bola em que fomos imprudentes, o Braga fez o primeiro golo e depois ganhou confiança e fez o 2-0. Sentimos o penálti [não assinalado] e depois o golo do Braga.
Ao intervalo, dissemos que o jogo não estava longe de ser discutido, que tínhamos que acreditar mais em nós e que se fizéssemos o 2-1 podíamos entrar no jogo. Por três vezes podíamos ter feito o golo, mérito do Matheus, e depois sofremos o 3-0.
Quando tentas discutir o jogo com uma equipa destas está-se sujeito a perder por quatro. Ontem [sábado], o Gil Vicente tentou discutir o jogo na Luz e perdeu 5-1 com o Benfica. Convém não fazer mais do que esta derrota é. Já jogámos fora com Sporting, FC Porto e Sporting de Braga e temos sete pontos. Temos que nos unir e dar uma reposta já com o Famalicão.
Lenços brancos? São uma mensagem de insatisfação. Estou cá há quase quatro anos, subimos da II Liga para a I, este ano trocámos 20 jogadores. A época passada foi o ano menos e este é o ano zero para fazer uma equipa nova. Esta equipa tem qualidade e capacidade e vai dar respostas boas”.