“Um resultado pesado para aquilo que fizemos”

Bruno Pinheiro
Imagem: Gil Vicente FC

Declarações dos treinadores após o jogo Benfica-Gil Vicente (5-1), da sétima jornada da I Liga de futebol, disputado no sábado no Estádio da Luz:

– Bruno Pinheiro (treinador do Gil Vicente): “Acho que fizemos um jogo muito interessante. Conseguimos criar dificuldades diferentes que ainda não tinha visto o Benfica passar. Fica um resultado pesado para aquilo que fizemos.

O Benfica é um justo vencedor, mas, no terceiro golo, parece-me que há falta sobre o nosso avançado. São situações que quando se joga contra grandes equipas não se consegue respirar, o ritmo de jogo não pára, e isso fez com que tivéssemos dificuldades acrescidas.

O 3-1 decidiu o jogo, mas o Benfica foi um justo vencedor. Produzimos bastante para aquilo que o Benfica concede. Criámos muitas oportunidades, em lances bem trabalhados, e houve momentos em que tive prazer e gozo em ver a equipa a jogar.

Acaba por ficar esta sensação de um jogo muito interessante, mas com um resultado pesado.

O Fujimoto está a fazer uma época interessante. Espero que ele tenha melhores números do que no passado.

O Gil é uma equipa que concede poucos golos. Estamos com números normais e em termos defensivos até temos estado bem, mas hoje tivemos pela frente um grande adversário e a vitória é inquestionável”.

– Bruno Lage (treinador do Benfica): “Defrontámos uma equipa competente, principalmente na construção, com uma estratégia muito bem definida. Tínhamos que estar muito bem preparados.

Há que olhar para as coisas positivas que fizemos e a capacidade que a equipa teve para virar o resultado na primeira parte. No segundo tempo procurámos espaços nas costas do adversário e aconteceram os golos.

Foi uma vitória em equipa com golos de bola parada e com golos de quem saiu do banco. Isso deixa-nos muito satisfeitos.

[Tomás Araújo à direita] Tem a ver com o que sentimos que é necessário melhorar a cada momento. O Bah ainda tinha uma ligeira impressão. Treinou apenas um dia, e decidimos manter a equipa que jogou no Bessa e nos tinha dado garantias. O Tomás conhece a posição e é rápido. Estamos satisfeitos com todos. O que interessa é que a equipa tenha o rendimento que esperamos.

[Importância de Otamendi voltar a marcar} Falo apenas do momento desde que aqui cheguei. É importante um jogador marcar golos, mas o Nico (Otamendi) não fica abalado por ter tido aquele deslize no primeiro golo (do Santa Clara). O importante é que tenha mentalidade vencedora.

Independentemente da idade, do prestígio e dos títulos, todos têm que continuar a responder. O golo foi importante para a equipa, mas também fiquei contente pelo Florentino, que já vai com dois golos em 15 dias.

Ainda há um longo caminho a percorrer. Há coisas que a equipa já faz. Cria mais oportunidades, quer marcar golos e tem uma mentalidade vencedora.

Há alguns aspetos que temos que melhorar, como sermos mais intensos na pressão. Infelizmente não temos tido o tempo suficiente para treinar, e o tempo de recuperação entre jogos também não é o certo.

[Saida de Kaboré dos convocados e ausência num almoço da equipa] Sobre o Issa acho que já foi explicada a ausência dele. São decisões que temos que tomar entre manter o Araújo, trazer o Bah para o banco, um jogador que já deu grande profundidade à equipa, e o Issa que chegou, mas que ainda está numa fase de adaptação. Para mim foi fácil tomar essa decisão.

Sinto-me super abençoado. A vida e o destino deram-me novamente a oportunidade de treinar o Benfica. Não temos muito tempo e espaço para trabalhar a equipa. O ideal era na pré-época.

As experiências fazem-nos crescer. Quando trabalhei no Championship também havia muitos jogos seguidos e não tínhamos tempo para nada, era recuperar e jogar. Isso deu-me uma experiência tremenda de vida e proporcionou-me um grande crescimento enquanto treinador”.

 
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