“Um obrigado do tamanho do mundo a toda a gente do Vitória”

Rui Borges fez questão de agradecer ao antigo clube na sua apresentação como treinador do Sporting
Foto: Sporting

Rui Borges foi hoje apresentado oficialmente como o novo treinador do Sporting e, antes de responder às perguntas da imprensa, deixou um forte agradecimento ao Vitória SC.

“Queria deixar uma palavra de enorme apreço, um obrigado do tamanho do mundo a toda a gente do Vitória. Não posso esquecer tudo o que fizeram, tudo o que acreditaram em nós, ao senhor presidente, a toda a sua estrutura, a toda a gente, desde a rouparia até lá acima à cantina, dentro da academia, toda a gente foi importante no nosso trajeto, nestes seis/sete meses de trabalho no Vitória para conseguirmos realizar o sonho de chegar aqui. Obrigado muito grande a toda a gente do Vitória, em especial aos seus adeptos por todo o carinho demonstrado até hoje e por tudo o que nos ajudaram””, afirmou o novo técnico do clube de Alvalade.

“Não tenho palavras para descrever o que tenho sentido nos últimos dias, que foram intensos e felizes. Estou muito feliz e ansioso para trabalhar e conseguirmos ser o que temos sido até aqui. O trabalho é o que nos guia. Tenho uma confiança enorme em ser feliz aqui no Sporting e não tenho qualquer dúvida de que o futuro vai ser risonho. A gente de Trás-os-Montes é gente de trabalho e eu não fujo a isso”, disse hoje de manhã, no auditório do Estádio José Alvalade, em Lisboa.

“Não olho para o momento do Sporting como delicado. Está em todas as frentes. Estou muito feliz por poder representar o campeão nacional, é um sonho. Agora, queremos é trabalhar, foi isso que nos trouxe até aqui. Nunca fugir do que nos guia, com respeito e honestidade. Acredito que, com a nossa capacidade e com a capacidade dos jogadores, pois sem eles nós não somos treinadores, seremos felizes aqui no Sporting”, salientou.

O treinador aponta como maior ambição “acrescentar valor e troféus” ao clube e disse que a assinatura com os lisboetas foi “o melhor presente de Natal que podia ter tido”, optando por não abrir muito o jogo relativamente a questões ou a abordagens táticas, uma vez que, nos vimaranenses, usava um esquema diferente do habitual no Sporting.

“O sistema tático é muito relativo. Quero é fazer os jogadores acreditar na nossa ideia de jogo e no que pretendemos. Se não estiverem confortáveis, eu não tiro rendimento deles. Preciso muito deles. Como treinador, dou 15% do que o jogo dá. O restante são as decisões e a qualidade deles. Aqui, é fazê-los acreditar nos meus 15%. Se conseguir, teremos muito sucesso e faremos crescer mais a grande história deste clube”, realçou.

Rui Borges rejeitou fazer comparações com Ruben Amorim ou João Pereira, mas frisou que a “quebra emocional” mencionada pelo presidente, Frederico Varandas, é natural após anos de sucesso com Amorim, que assinou pelos ingleses do Manchester United.

“O presidente pediu vitórias e títulos. É para isso que estamos aqui e é aquilo que nos exigem. Quando faltar a inspiração, que não falte a atitude. Umas vezes vamos ganhar com mais qualidade, outras não, mas, se a atitude correta estiver lá, vamos ganhar na mesma. Acima de tudo, temos de estar dentro da exigência deste grande clube”, disse.

Aos 43 anos, Rui Borges chega a um ‘grande’, após ter iniciado a temporada no Vitória SC, que segue no sexto posto, na sequência do quinto lugar conquistado ao serviço do Moreirense, tendo o transmontano de Mirandela treinado ainda conjuntos como o Académico de Viseu, a Académica, o Nacional, o Vilafranquense ou o Mafra.

O Sporting partilha o segundo lugar da I Liga com o FC Porto, ambos com 37 pontos, a um do líder Benfica, o próximo adversário dos ‘leões’, no domingo, para a 16.ª jornada.

João Pereira, de 40 anos, venceu três partidas (duas na Taça de Portugal e uma na I Liga), somando um empate, no domingo em casa do Gil Vicente, por 0-0, e quatro derrotas como treinador da equipa principal, depois de orientar a equipa B até 11 de novembro.

 
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