O mais relevante jardim público da cidade de Fafe, inaugurado em 1892, celebra 130 anos, e a autarquia assinala a efeméride com iniciativas que já decorrem. Chamado de Jardim do Calvário, por ser o nome do lugar onde se encontra, é um “jardim romântico” de formato retangular, inserido na malha central urbana, e foi construído com apoio de um emigrante de Fafe no Brasil, Albino de Oliveira Guimarães, tendo em vista o reordenamento do centro da cidade – e os hábitos da classe burguesa da região no século 19.
O jardim é todo murado e revestido de frondosos cedros, tílias e carvalhos.
Conhecido também como “Jardim Públcico”, o espaço, conforma dá conta a Câmara de Fafe, “era característico da sociedade portuguesa da segunda metade do século 19, frequentado por burgueses como lugar de convívio, lazer e ócio, comentando as últimas novidades, ouvindo música tocada por bandas nos coretos e assistindo a representações teatrais e ao lançamento de fogo de artifício”.
O lago e o coreto, que ainda hoje existem, foram edificados há 110 anos, em 1912.
Tem uma área de cerca de setenta metros de largura e cento e cinquenta metros de comprimento e para além do coreto e do lago, apresenta ainda um chafariz e uma ponte.
Local de namoro
Segundo a Câmara, o jardim “continua a ser espaço de entretenimento, repouso, convivência e namoro, local privilegiado de onde se avistam paradisíacas paisagens”.
O projeto para um espaço de usufruto público no “outeiro do Calvário”, apresentado em 1989 pelo presidente da Câmara de Fafe, José Florêncio Soares, contemplou um passeio público e o jardim. A obra foi financiada pelo comendador Albino de Oliveira Guimarães, fafense que havia feito fortuna no Brasil.
Em 1914 passou a ter iluminação pública e, ao longo dos anos, “tem servido como espaço de entretenimento e lazer, assim como de manifestações culturais e sociais, através de eventos diversos”, salienta a autarquia.