A região Norte, em janeiro de 2021, tinha mais 25,5% de desempregados inscritos nos centros do IEFP que no mesmo mês do ano anterior. Um ano de medidas para conter a pandemia de covid-19 deixou marcas na economia. Em todos os grandes concelhos do Minho, há um aumento do desemprego, embora a crise não tenha afetado a todos de igual forma. No Norte, a diferença entre o aumento do desemprego masculino (25,2%) e feminino (25,7%) é mínima, embora haja concelhos onde esta desigualdade é mais significativa.
Em Guimarães, a variação do desemprego, neste ano de pandemia, afetou mais os homens que as mulheres. Na Cidade Berço, o desemprego masculino cresceu 18,9%, que comparam com os 14,8% de aumento do desemprego feminino. No total, entre mulheres e homens, em janeiro de 2021, havia mais 16,5% de desempregados inscritos no IEFP de Guimarães.
Famalicão é outro concelho onde o desemprego masculino cresceu mais que o feminino. O desemprego entre os homens, comparando os números de janeiro de 2020, com os do mesmo mês de 2021, aumentou 40,8%, ao passo que entre as mulheres o aumento ficou pelos 37,7%. No global os desempregados aumentaram 38,9%, neste ano, em Famalicão.
Entre os grandes concelhos do Minho, Famalicão só é ultrapassado em termos de variação do desemprego por Viana do Castelo.
A maior cidade do Alto Minho é recordista da subida do desemprego, no ano da pandemia. Viana regista uma variação de mais 53,1% de desempregados, 47,6% masculino e 57,8% feminino.
Em Barcelos, o aumento do desemprego, entre janeiro de 2020 e o mesmo mês de 2021, foi de 21,2%, afetando mais as mulheres (28,6%) que os homens (13,3%).
Em Braga, o aumento do desemprego, entre janeiro de 2020 e o mês homólogo de 2021, também foi mais desfavorável às mulheres. Na Cidade dos Arcebispos, registam-se mais 19,1% de desempregado inscritos nos Centros de Emprego, 17,5% masculino e 19,9% feminino.
Na Região Norte como um todo, o aumento do desemprego entre janeiro de 2020 e janeiro de 2021, foi de 25,5%. A diferença entre a forma como o desemprego afetou mulheres e homens, na Região Norte, é pouco significativa: mais 25,2%, no caso dos homens e mais 25,7%, no caso das mulheres.
O Norte resistiu melhor que Portugal continental. No conjunto do território continental a variação do desemprego, no período em análise, foi de mais 33,2%. Este aumento afetou mais negativamente os homens (34,4%) que as mulheres (32,2%).
Entre os grandes concelhos do Minho, Viana e Famalicão apresentam piores números que Portugal continental e que a Região Norte. Braga e Guimarães estão melhor que a Região Norte e consequentemente melhor que Portugal continental. Barcelos teve um aumento do desemprego menor que o Norte, no entanto, tem um crescimento do desemprego feminino pior que a Região.
No final de janeiro estavam registados nos centros do IEFP, de Portugal continental, 396.978 pessoas. O número mais elevado desde o início da pandemia. A Região Norte, apesar de apresentar um comportamento melhor que outras regiões, tem, em janeiro de 2021, 157.608 desempregados inscritos, mais 32.037 que em janeiro de 2020.