O julgamento de 15 acusados de tráfico de droga começou esta quarta-feira com apenas um dos 14 arguidos presentes no tribunal de Viana do Castelo a prestar declarações e a rejeitar o envolvimento nos alegados crimes.
A mulher, nora do alegado responsável pela venda de heroína e cocaína, a partir de um acampamento na freguesia de Vila Nova Anha, Viana do Castelo, rejeitou que tenha colaborado no negócio.
“Não é verdade o que diz na acusação. Não colaborei com meu sogro. Nunca vendi droga a ninguém”, afirmou.
Dos restantes 13 arguidos presentes em tribunal, dois remeteram declarações para mais tarde e os outros decidiram manter-se em silêncio.
Um dos arguidos neste processo faltou por se encontrar em França.
A primeira sessão de julgamento, rodeada de fortes medidas de segurança, foi concluída após a identificação dos arguidos e da leitura da acusação, sendo retomada, na quinta-feira, às 09:30, num processo que tem 47 testemunhas.
De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), os 15 arguidos estão acusados da prática dos crimes de tráfico de estupefacientes, detenção de armas proibidas e furto.
Segundo o documento, dos 15 arguidos três estão detidos no estabelecimento prisional de Braga, um outro no do Porto e um quinto encontra-se com pulseira eletrónica, na habitação. Os restantes estão sujeitos a Termo de Identidade e Residência (TIR).
A operação que levou à detenção dos 15 arguidos, com idades entre os 22 e os 56 anos, foi desenvolvida pela GNR de Viana do Castelo, em junho de 2017, em vários concelhos do Alto Minho.
Em comunicado emitido na altura, aquela força policial explicou que a operação “visou dar cumprimento a 27 mandados de busca domiciliária, um mandado de busca a um estabelecimento comercial e 30 mandados de busca e apreensão a veículos”.
No decurso daquela operação, os militares da GNR apreenderam 455 doses de cocaína, 366 doses de haxixe, seis doses de heroína, quatro armas de fogo (três caçadeiras, sendo que duas de canos serrados e uma carabina de 5,5 milímetros, alterada) e 20 munições de vários calibres.
A lista de apreensões incluiu ainda sete armas brancas, uma viatura ligeira, duas balanças de precisão, três LCD, dois ‘tablet’ e 2.730 euros.