O estónio Ott Tanäk (Hyundai i20), último vencedor do Rali de Portugal, elegeu hoje a especial de Fafe como a sua preferida da prova, apesar de considerar que “isto não é uma loja de doces”.
Em entrevista à agência Lusa, Tanäk, que venceu a prova em 2019, considera que o rali português, cuja 54.ª edição vai ser disputada entre sexta-feira e domingo, “é um grande evento e sempre com uma atmosfera espantosa”.
Por isso, apesar de ocupar atualmente a quarta posição do Mundial, após três corridas disputadas (Monte Carlo, Finlândia e Croácia), o campeão do mundo de 2019 espera repetir o resultado obtido há dois anos.
“Vamos lá para vencer e vamos dar o nosso melhor para o conseguir”, garantiu, esperando somar o segundo triunfo da temporada, depois de já ter vencido na Finlândia, em fevereiro.
A edição da prova portuguesa que se deveria ter realizado em 2020 acabou cancelada devido às restrições provocadas pela pandemia de covid-19, sendo Tanäk o seu detentor.
“Foi uma prova muito exigente, em que tivemos todo o tipo de problemas mas que terminou com um sentimento espetacular no final”, recordou o piloto da Hyundai.
Tanäk apontou a “confiança” como “chave para a vitória” na prova portuguesa: “É um rali rápido em pistas bastante estreitas, pelo que é preciso ter muita confiança”.
Instado a escolher uma especial preferida em toda a prova, o antigo campeão mundial hesitou, mas acabou por apontar para a de Fafe, do famoso salto da pedra sentada.
“Provavelmente, escolheria a especial de Fafe mas é sempre uma escolha difícil de fazer pois isto [a prova] não é propriamente uma loja de doces”, sublinhou.
O estónio chega a Portugal depois de ter renovado contrato com a Hyundai, pelo que estará aos comandos de um carro sul-coreano na próxima temporada, quando entrarem em vigor os novos regulamentos que vão trazer a era híbrida para os ralis.
“Acho que da próxima vez [que viermos a Portugal] será muito divertido porque todas as equipas vão chegar com máquinas novinhas”, concluiu.
Tanäk chega a Portugal no quarto lugar da classificação de pilotos, com 40 pontos, menos 21 do que o francês Sébastien Ogier (Toyota Yaris), atual campeão do mundo.